O selecionador espanhol Luis Enrique rejeitou hoje a ideia de ter de haver uma «revolução» na forma de jogar da «La Roja», mas sublinhou que vão haver «algumas mudanças».
“Não haverá uma revolução, é uma palavra que não gosto. Deve e haverá, isso sim, uma evolução e também algumas mudanças”, observou Luis Enrique, em conferência de imprensa realizada na sede da Real Federação Espanhola de Futebol, em Madrid.
O novo selecionador, ex-treinador do FC Barcelona, de 48 anos, disse que a seleção espanhola vai, “claramente, manter o seu estilo de jogo”, que passa por “assumir a iniciativa” e manter a posse da bola durante o máximo tempo possível.
“Mas será preciso defender muito melhor, sofrer menos golos, conseguir ter maior profundidade atacante e criar mais oportunidades de golo”, disse Luis Enrique, numa altura em que o ‘tiki-taka’ (forma de jogar com base em passes curtos) começa a ser contestado.
Para o treinador, que substitui o compatriota Julen Lopetegui como selecionador, o facto de a Espanha ser “uma seleção de referência” dificulta o trabalho, porque é “estudada por todos e todos conhecem as características dos jogadores e as ações durante o jogo”.
Luis Enrique elogiou o “trabalho impressionante” de Lopetegui, dispensado dois antes da estreia no Mundial2018, frente a Portugal (3-3), na sequência do anúncio da sua contratação pelo Real Madrid, no qual assumiria funções após o torneio, no qual a Espanha foi eliminada nos oitavos de final pela anfitriã Rússia, sob a orientação do interino Fernando Hierro.