Declarações de Rui Vitória, treinador do Benfica, à 'flash-interview' da SportTV, após a qualificação da sua equipa para o ‘play-off’ da Liga dos Campeões de futebol, depois de empate 1-1 em casa do Fenerbahçe.
«(O segredo da qualificação) Passou por vários aspetos, mas fundamentalmente pela grande capacidade de superação dos meus jogadores. Apanhámos uma das equipas mais fortes destas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões. Sabíamos que seria um jogo difícil.
Tivemos a contrariedade do Fejsa, que hoje faz anos e teve problemas físicos, uma gastroenterite, com um dia combalido e esteve para não jogar. O nosso presidente (esteve hospitalizado) não está cá. Pela primeira vez em jogos fora, os nossos adeptos não podiam estar presentes. Aos 20 minutos, ficámos com um avançado fora (Castillo lesionado). Uma série de contrariedades. A nossa superação e valorização da passagem e trabalho fantástico dos jogadores na interpretação do que queríamos para o jogo.
Um jogo difícil, frente a um adversário que ia entrar forte, mas fomos uma equipa sempre muito personalizada a esconder a bola ao adversário, a saber quando devia atacar. Mesmo com a contrariedade do golo em cima do intervalo, controlámos melhor a partida. Podíamos ter feito mais golos, mas defrontámos uma belíssima equipa, num estádio com envolvimento fantástico.
Fomos justos vencedores, com muita satisfação e com esta prova de superação que me leva a dar os parabéns aos meus jogadores, fantásticos.
Temos feito boas exibições e esta foi bem conseguida. Da forma como tem de se jogar na Liga dos Campeões. Saber o que fazer à bola. Podíamos ter sido ainda mais agressivos, mas é natural, pois importava era ter o jogo controlado. Categoria, consistência do princípio ao fim. Equipa equilibrada e muito completa, a saber o que tinha a fazer.
Gedson é mais um jogador de qualidade que o Benfica tem. Há imensos que vêm aí atrás. Agrada-me ver a capacidade que um jovem de 19 anos tem para jogar a este nível. E a integração na forma e dinâmicas de jogo. Isso agrada-me, mas não me espanta. Na nossa forma de trabalhar, os jogadores percebem claramente o que têm de fazer e têm à vontade para explanar as suas capacidades. Valoriza a formação do Benfica.
Felizmente, que o nosso trajeto nesta fase inicial é de descansar e competir. Já passámos três obstáculos, agora é preparar o Boavista e depois o PAOK, sobre quem não interessa agora debruçar. Penso nisso, mas não interessa agora. Temos de ganhar no Bessa a um adversário dificílimo, um passo decisivo para pensarmos a eliminatória seguinte. Um jogo de cada vez. Não se ganham dois num só. Vivemos momento a momento. Recuperar rápido para sábado e só depois pensamos na Grécia».