Jesualdo Ferreira manifestou hoje o desejo de que a ''revolta'' sentida pela eliminação da Liga dos Campeões motive os jogadores do FC Porto a vencer domingo a Académica no Dragão, na 22ª jornada da Liga de futebol.
“Espero que a revolta seja um factor de motivação. A tristeza que demonstraram define bem o estado de espírito com que enfrentaram a competição. Recuperar os níveis anímicos não é tarefa fácil, nem para eles, nem para mim, mas é fundamental. A vida continua”, vincou o treinador, após o afastamento frente aos alemães do Schalke 04.
O responsável técnico “azul e branco”, que confirmou hoje que vai continuar como treinador na próxima época, sublinhou a necessidade da equipa “responder, com qualidade colectiva, ao desafio que um adversário como o nível da Académica exige”.
“A Académica procura pontos na eventual fragilidade do FC Porto. Isso obriga-nos a jogar nos limites, como sempre. É natural que quando a fadiga é mais anímica que física tudo é mais difícil, mas já tivemos circunstâncias idênticas que ultrapassámos”, lembrou, referindo-se aos êxitos após as derrotas na visita ao Schalke 04 (Paços Ferreira) e Sporting (União de Leiria).
Jesualdo Ferreira persiste no discurso de que o próximo jogo é sempre “o mais importante na caminhada para o título”, frisando o desejo de garantir o tricampeonato “o mais rapidamente possível”.
O técnico confia que os objectivos futuros são suficientes para motivar os seus pupilos: “Queremos ganhar rápido o campeonato, talvez contra o Benfica, e apurar-nos para a final da Taça de Portugal, mas, até lá, temos de estar bem”.
“Vamos perseguir os objectivos com tenacidade e ajustar os momentos às realidades. Para esta equipa – teve um bom percurso na Taça, “champions” e campeonato - temos de estabelecer objectivos próximos e possíveis de alcançar. Vamos conseguir”, frisou.
Apesar do afastamento da Liga ''milionária'', Jesualdo Ferreira considera que a época tem sido bem sucedida e destaca para isso a importância do “trabalho intenso, dedicação, manutenção da estrutura, valorização do plantel e nível de competências aumentado”.
“(Em termos internacionais) o FC Porto está obrigado a ser cada vez mais inteligente e perspicaz em relação aos outros, com competência estruturada, pois não tem os mesmos meios”, concluiu.