O Benfica foi hoje ao Estádio do Bessa vencer o Boavista, por 0-2, para a segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, e os golos foram marcados pelo avançado argentino Ferreyra e por Pizzi.
Com este triunfo, os ‘encarnados’ somam agora seis pontos e o Boavista mantém-se com três.
Ferreyra abriu o marcador aos 35 minutos, com um remate cruzado e rasteiro, Pizzi fez o segundo, o seu quarto neste campeonato, aos 62 e nos dois casos a defesa ‘axadrezada’ facilitou a vida ao seu adversário.
Ao quarto jogo oficial, o argentino estreou-se assim a marcar pelo Benfica, destacando-se ainda outra estreia, a do ex-júnior João Félix, de 18 anos, pela equipa principal benfiquista, como suplente utilizado.
O Benfica cumpriu o seu quarto encontro em menos de duas semanas, dois para o campeonato e dois para a Liga dos Campeões, e saiu-se bem de um compromisso que se antevia difícil, desde logo porque na temporada anterior tinha perdido ali (2-1) e também porque havia dúvidas sobre se iria acusar fadiga, o que não foi muito percetível.
A equipa de Rui Vitória entrou com Ferreyra em vez de Castillo, que se lesionou diante do Fenerbahçe, para a ‘Champions’, tendo sido esta a única alteração face a esse jogo, ao passo que o Boavista apresentou a equipa com que iniciou o encontro face ao Portimonense, na jornada anterior.
Depois de um remate de Cervi (02 minutos) e de um contra-ataque, que Pizzi estragou (04), o Benfica deixou-se surpreender logo a seguir por um contra-ataque ‘axadrezado’ que só não deu golo porque Falcone tinha a pontaria desafinada.
O Boavista ficou-se por aí, porque o Benfica tomou conta do jogo e começou a atacar com mais frequência, sobretudo pelos flancos, mas sem causar grande mossa à defesa boavisteira.
A partida entrou depois numa fase desinteressante, com o Benfica a ter mais bola e mais iniciativa e o Boavista a lidar bem com a superioridade territorial do adversário e a controlar bem o seu espaço defensivo.
De repente, aos 35 minutos, surgiu Ferreyra, que até então tinha estado apagado, a exemplo do que se lhe tinha visto nos jogos anteriores. Na primeira vez que a defesa ‘axadrezada’ facilitou, o avançado argentino recuperou a bola, virou-se para a baliza de Helton Leite e rematou rasteiro e muito colocado e obteve, assim, o primeiro golo.
Salvio teve tudo para a fazer o segundo golo aos 41 minutos, na sequência de um passe longo para as costas da defesa boavisteira que o deixou isolado diante de Helton Leite, mas deixou-se bater por este.
A primeira parte terminou com o Boavista a beneficiar de um canto e a ganhar outro logo depois, que, todavia, para desagrado ‘axadrezado’, o árbitro Manuel Mota decidiu não conceder, fechando aí o primeiro período.
O segundo tempo começou com o Benfica ao ataque e a conquistar rapidamente um canto, a rematar com perigo à baliza de Helton Leite e a quase chegar ao 2-0 por Salvio, que pela segunda vez perdeu o duelo com o guardião adversário.
O Boavista passou então um mau bocado ante o caudal ofensivo do Benfica, mas recompôs-se, sacudiu a pressão, ‘tirou’ um cartão amarelo a Gedson (52), ganhou um livre e um canto e viu Vlachodimos, até aí sem grande trabalho, esticar-se todo para evitar um possível golo.
Neris deitou tudo a perder aos 62 minutos, num lance que parecia estar sob seu controlo, e Salvio, mais determinado na luta pela bola, aproveitou, fugiu-lhe, cruzou para Pizzi e este rematou cruzado e rasteiro, fazendo o 0-2.
Sem nada a perder, o técnico Jorge Simão apostou tudo no ataque fazendo André Claro para o lugar de Mateus e, depois, Rafael Lopes, para o lugar de Idris.
Rui Vitória mexeu pela primeira vez aos 75 minutos, substituindo Salvio por Zivkovic, uma alteração surpreendente porque o extremo argentino estava a ser dos melhores no conjunto ‘encarnado’.
O Boavista passou a ter uma frente atacante alargada, mas também desapoiada, porque a equipa perdeu presença a meio-campo e permitiu ao Benfica circular mais e melhor a bola e, já aos 90 minutos, quase fazer o terceiro golo, por Pizzi, após um erro de Rafael Silva.