O FC Porto ampliou hoje para 14 pontos a vantagem sobre o Benfica na Liga de futebol, ao vencer a Académica por 1-0, num encontro da 22ª jornada em que Ricardo Quaresma voltou a ser herói.
Um solitário e escasso (para tanto domínio) golo de Quaresma, aos 31 minutos, materializou o triunfo do bicampeão português, que, a oito jornadas do fim do campeonato – e apenas 24 pontos em disputa – deve pensar em antecipar os festejos do tricampeonato, o segundo na sua história.
Num desafio muito morno, os portuenses foram os únicos a procurar os três pontos, perante um adversário muito macio e que pouco incomodou, o ideal para os “azuis e brancos” recuperarem física e psicologicamente do afastamento da Liga dos Campeões.
O treinador Jesualdo Ferreira queria que a revolta pela eliminação frente aos alemães do Schalke 04 servisse de motivação aos seus pupilos, mas estes não precisaram ''suar'' demasiado para cumprir a obrigação de vencer.
Apesar do desaire, a Académica continua seis pontos acima da zona de despromoção, com 22 pontos, mas viu interrompida uma série de 13 jogos consecutivos a marcar.
Tranquilamente, o FC Porto assumiu a iniciativa desde início e instalou-se no meio campo adversário, pacientemente à procura do primeiro golo que o povoado sector recuado adversário adiava.
A partida tinha sentido único – os estudantes raras vezes passaram o meio campo – mas as oportunidades dos “dragões” não abundavam, apesar de ficar a ideia de que o golo poderia surgia a qualquer momento.
O guarda-redes Pedro Roma era dispensado de intervenções difíceis, mas os portistas, sem forçar demasiado, rondavam cada vez mais a sua área, com várias bolas a passar perto da baliza: nas bancadas festejava-se o empate 2-2 (que seria resultado final) da União de Leiria, na Luz, com o Benfica.
Quaresma, aos 31 minutos, voltou aos golos e fez a festa com um remate de fora da área que Pedro Roma, de forma displicente, não segurou, ficando a clara sensação que podia ter evitado o tento inaugural.
A Académica só por uma vez pôde alvejar a baliza de Helton, mas Luís Aguiar, aos 45 minutos, de livre, atirou sem perigo, e, aos 50, tentou o “chapéu” ao guarda-redes, mas a bola chegou tranquilamente às mãos do brasileiro.
Os estudantes surgiram com nova dinâmica ofensiva após o intervalo, mas a verdade é que o campeão continuou dono e senhor do desafio, apesar de abusar de uma lentidão que várias vezes irritou os adeptos.
Lucho (85 minutos) e Lisandro (87 e 89) dispuseram de excelentes oportunidades para ampliar, na pequena área, mas o primeiro errou o alvo e o segundo viu Pedro Roma brilhas por duas vezes.
O jogo terminou com a expulsão com cartão vermelho directo para Mariano, aos 92 minutos, por aparentemente ter pontapeado um adversário.