A capacidade de Portugal “aliar um bom desempenho desportivo à habitual excelência organizativa” norteiam o foco da federação de canoagem, que, no espaço de 10 dias, organiza os mundiais de regatas em linha e maratonas.
“Seria juntar o melhor dos dois mundos, a organização desportiva à qualidade dos resultados. Este é talvez o melhor ano da canoagem portuguesa, o mais importante. Que continuemos a superar-nos ano após ano e a estabelecer fasquias cada vez mais altas”, disse à agência Lusa o presidente da federação, Vítor Félix.
A partir de quinta-feira, no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, há mais de 1.000 canoístas (1.760 acreditados entre comitivas de 66 países) em competição pelos mais importantes títulos internacionais desta disciplina olímpica, sendo que, de 06 a 09 de setembro, haverá perto de 1.000 elementos de 41 países na Vila de Prado, Vila Verde, em evento que não integra o programa dos Jogos.
“É o fechar de um ciclo que se iniciou em 2009. Ano após ano a federação tem organizado grandes eventos internacionais. Agora são os dois maiores da canoagem mundial, separados por 10 dias. Essa atribuição atesta bem a confiança que as instâncias internacionais depositam em nós”, congratulou-se.
Para que “tudo fosse perfeito”, e além das medalhas que Portugal “costuma conquistar nas grandes provas internacionais”, seria que os dois mais emblemáticos representantes portugueses de cada especialidade conquistassem inéditos títulos mundiais, no caso o tricampeão da Europa Fernando Pimenta nas regatas em linha e o ‘penta’ Europeu José Ramalho nas maratonas.
“Seria a cereja em cima do bolo. Poder juntar bons resultados desportivos, que fossem medalhas ou títulos mundiais no caso de Fernando Pimenta - ou outros como Joana Vasconcelos e Teresa Portela (K2) ou outros atletas – e nas maratonas o José Ramalho ou o Rui Lacerda, que este ano foi vice-campeão da Europa”, exemplificou.
Vítor Félix admite a importância para a canoagem portuguesa de organizar eventos desta dimensão, permitindo que mais canoístas ganhem experiência nas seleções, além de potenciar maiores hipóteses de sucesso, uma vez que as provas decorrem em locais com especificidades já bem conhecidas pelos lusos.
“Pode ser um fator determinante para a obtenção de resultados competirmos em casa perante o próprio público e familiares dos atletas. Que não seja um fator de pressão, mas positivo para os desempenhos que esperamos”, desejou.
O dirigente entende que o “trabalho” é o fator-chave do “sucesso desportivo e organizativa” da canoagem nacional na derradeira década, unindo no elogio os canoístas, estrutura técnica e federativa, bem como clubes e autarquias parceiras da modalidade.
“Quando pagaiamos todos para o mesmo lado, a favor da corrente e com vento favorável que há neste momento na canoagem, podemos chegar à meta com outro sentimento de dever cumprido. E se à meta podermos chegar em primeiro, podemos dizer que o nosso objetivo foi alcançado”, concluiu.