O juiz de instrução criminal do Barreiro manteve a prisão preventiva aos 23 suspeitos detidos na noite do ataque aos jogadores do plantel principal do Sporting, na Academia de Alcochete, afirmou hoje à agência Lusa fonte judicial.
Este primeiro grupo (num total de 37 arguidos presos preventivamente) foi detido na noite de 15 de maio. Na revisão trimestral das medidas de coação, o juiz Jorge Delca sustentou, segundo a mesma fonte, que “se mantêm os pressupostos” para que estes 23 arguidos continuem sujeitos à medida de coação mais gravosa: a prisão preventiva.
Em setembro serão reavaliadas as medidas de coação de outros quatro arguidos, detidos a 05 de junho, entre eles o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes, que também ficaram em prisão preventiva.
Outros 10 arguidos, detidos em julho, verão as suas medidas de coação revistas em outubro.
No dia 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.
Os 37 arguidos que estão em prisão preventiva ao abrigo deste processo são suspeitos de vários crimes, entre os quais terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.
Na sequência do ataque à academia, nove futebolistas rescindiram os contratos com o clube.
Rui Patrício, Rafael Leão, Daniel Podence e Gelson Martins saíram em litígio com o Sporting e transferiram-se para outros clubes, enquanto Ruben Ribeiro ainda está sem clube.
Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o Sporting, enquanto William Carvalho saiu para o Betis, após acordo do clube espanhol com o Sporting.