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FC Porto aposta na defesa, Benfica joga ao ataque e Sporting tenta reconstrução

O FC Porto concentrou as apostas na revalidação do título da I Liga de futebol no reforço da defesa, num mercado de transferências em que o Benfica voltou a investir e o Sporting enfrentou uma pequena revolução no plantel.

FC Porto aposta na defesa, Benfica joga ao ataque e Sporting tenta reconstrução
Futebol 365

O campeão nacional recrutou os centrais Éder Militão e Chancel Mbemba e os laterais Jorge, João Pedro e Saidy Janko, que acabou por não ficar no plantel, para colmatar a saída de metade da defesa titular que contribuiu para a vitória no campeonato, bem como algumas das principais alternativas. Marcano e Ricardo partiram, tal como Diogo Dalot, Reyes e até Miguel Layún.

Contudo, esta atividade no mercado não teve ainda expressão na equipa portista, na qual tem sido dada primazia à ‘prata da casa’. O técnico Sérgio Conceição chegou a admitir não estar satisfeito e fez eco da necessidade de mais reforços, com o clube a gastar cerca de 33,8 milhões de euros (ME) e a arrecadar aproximadamente 65 ME neste defeso. No último dia chegou ainda Bazoer, por empréstimo do Wolfsburgo, para o meio-campo.

Por outro lado, o Benfica voltou a mostrar-se ativo nas contratações, depois de uma época em que a partida de várias figuras nucleares deixou a equipa com poucas opções para alcançar o objetivo de um inédito pentacampeonato. Assim, o verão trouxe ao treinador Rui Vitória reforços para todos os setores, num investimento superior a 26 milhões.

Da baliza, onde Vlachodimos assumiu a titularidade, à defesa, em que os centrais Conti e Lema procuram afirmar-se, passando pelo meio-campo, apetrechado com Gabriel – o reforço mais caro do defeso, ao custar 10 ME - e Alfa Semedo, e sem esquecer o ataque, no qual Castillo e Ferreyra tentam disfarçar a saída de Raúl Jiménez e a ausência por lesão de Jonas. O fecho do mercado assinalou ainda a reintegração inesperada de Taarabt e Rakip no lote de inscritos.

Já o Sporting foi forçado a reconstruir-se na sequência do verão mais turbulento da sua história. As rescisões de contrato de nove jogadores, seguidas da destituição do anterior presidente, Bruno de Carvalho, e da nomeação de uma Comissão de Gestão, tornaram ainda mais difícil o exercício de construção do plantel num contexto de campanha eleitoral e no qual os ‘leões’ falharam a contratação de um avançado no dia 31.

Um novo ciclo sem Rui Patrício, William Carvalho, Gelson Martins, Podence ou Rafael Leão, que rescindiram e não aceitaram voltar. Destes, apenas o médio defensivo proporcionou um encaixe financeiro para os ‘leões’ ao render 20 ME. O reforço do plantel comandado por José Peseiro ficou, por isso, abaixo do nível dos últimos anos: cerca de 22 ME, sobressaindo os nomes de Raphinha, Diaby, Gudelj (empréstimo) e o regressado Nani.

O Sporting de Braga viu partir Danilo, Vukcevic, Jefferson e André Horta, que foram essenciais na campanha dos ‘arsenalistas’. O mercado trouxe quase 20 ME para o clube de António Salvador – e poderiam ser mais, se a possibilidade de Xadas seguir para o Mónaco não tivesse falhado -, ao passo que o investimento se cifrou em cerca de 6 ME, suportado essencialmente pelas entradas de João Novais, Bruno Viana, Eduardo e o empréstimo do ‘leão’ João Palhinha.

Ainda em ‘terreno europeu’, o Rio Ave, agora sob o comando de José Gomes, destacou-se com a venda mais alta fora dos ‘grandes’, ao transferir Pelé para o Mónaco por 10 ME. Em sentido inverso, os vila-condenses fizeram sensação ao cair do pano da janela de transferências com a chegada de Fábio Coentrão, mas remodelaram-se sobretudo com jogadores emprestados, como Galeno, e livres: Afonso Figueiredo, Miguel Rodrigues ou Bruno Moreira.

Quanto ao Vitória de Guimarães, o clube faturou mais de 13 ME nas transferências de Raphinha, Hurtado, Konan e Rafael Martins. Sob a orientação do treinador Luís Castro, a prioridade esteve no mercado interno, de onde chegaram nomes de peso: André André, João Carlos Teixeira, Frederico Venâncio, Alexandre Guedes, Ola John e Mattheus Oliveira.

O verão de 2018/19 consumou, tal como nos últimos anos, os regressos de ‘velhos conhecidos’ à I Liga portuguesa. Nani voltou ao Sporting, Danny fez o mesmo em relação ao ‘seu’ Marítimo e até Fábio Coentrão regressou ao clube no qual se formou: o Rio Ave.

Entre os estrangeiros, o colombiano Jackson Martinez assinou surpreendentemente pelo Portimonense e o brasileiro Nenê, melhor marcador da I Liga em 2008/09, trocou o futebol italiano pelo Moreirense.

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