A sexta edição da maratona de Lisboa vai entregar 500.000 euros ao atleta masculino e feminino que bater o recorde do mundo – o maior prémio jamais atribuído em Portugal em provas de atletismo -, anunciou hoje a organização.
O valor destinado ao novo recordista mundial – que ascenderá a um milhão de euros, caso o máximo seja batido nos dois setores -, contrasta com a dificuldade de financiamento que os responsáveis pela maratona lisboeta sentiram para colocar a prova na estrada, em 14 de outubro.
“Vamos ter uma prova altamente competitiva, mas nunca poderemos pensar mais em trazer os grandes nomes do atletismo mundial. Não há verba”, lamentou hoje Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, durante a apresentação da competição, em Lisboa.
O responsável pela entidade organizadora dificilmente terá de preencher os cheques com prémios que serão também dos mais elevados a nível internacional, em função da qualidade dos atuais máximos mundiais e das melhores marcas dos participantes na edição de 2018.
O etíope Girmay Gebru terá de retirar quase três minutos ao seu melhor registo, de 2:05.49, para superar o recorde de 2:02.57, estabelecido em 2014 pelo queniano Dennis Kimetto, enquanto a compatriota Gutheni Shone, que ostenta 2:23.32, está ainda mais distante do máximo mundial da britânica Paula Radcliffe, de 2:15.25, fixado em 2003.
A organização destaca ainda a presença de 20 atletas de elite mundial, com categoria ‘gold’ da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), destacando o italiano Yassine Rachik, natural de Marrocos, que esta ano conquistou a medalha de bronze nos Europeus de Berlim.
A maratona de Lisboa de 2018 conta já com 5.000 inscrições, 3.500 das quais de participantes estrangeiros, estando a partida marcada para as 08:00 horas, em Cascais, e a meta instalada na Praça do Comércio, em Lisboa, depois de passar também por Oeiras.
A vice-presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude, Sónia Paixão, na primeira intervenção pública desde que assumiu o cargo, elogiou os três municípios pelo “enriquecimento da programação desportiva em Portugal”.