O técnico do Portimonense, Vítor Pontes, queixou-se de ter sido agredido por um adepto do Vizela, no intervalo do jogo as duas equipas, da 23ª jornada da Liga de Honra, disputado hoje.
Vítor Pontes apresentou-se na sala de imprensa com um corte na testa, e quando questionado sobre o tumulto que foi visível da zona de imprensa, à saída para o balneário, depois do primeiro tempo, o treinado do Portimonense confirmou ter sido agredido, mas desvalorizou a situação.
''Não quero valorizar este acontecimento porque a massa associativa do Vizela não merece. O Vizela e os seus adeptos não são assim e merecem o meu respeito. O que fez um senhor, ao atirar-me com um objecto que me cortou, não merece realce porque uma atitude destas não é de um adepto a sério'', disse Vítor Pontes.
Para o treinador do clube de Portimão que conseguiu alcançar um empate (1-1) em Vizela, os encontros disputados às 11:00 são ''negativos''.
A Liga de Hora é uma competição profissional como a principal. Porque é que na Liga Bwin não se joga ao domingo de manhã?'', questionou o técnico, queixando-se do pouco descanso da sua equipa.
''Viajámos ontem (sábado) durante todo o dia. As condições financeiras do Portimonense não nos permitem vir na sexta-feira, por isso tivemos de realizar sete horas e meia de viagem seguidas, jogámos às 11 horas com menos descanso que os jogadores do Vizela''.
Do lado do Vizela as contrariedades e as queixas prendem-se com a ''falta de sorte'', com o treinador vizelense, Carlos Garcia, a lembrar que actualmente os minhotos não podem contar com nenhum dos seus guarda-redes.
Aos 18 minutos, Riça, guardião principal do Vizela foi substituído por Batista, após uma lesão no pé direito. Mas o substituto mostrou que também não está nas melhores condições, tendo culpa no golo da vantagem dos algarvios.
''Não me recordo, em tantos anos de treinador, de ter tantas contrariedades. Nunca tornámos público mas estamos com dificuldades com os guarda-redes”, afirmou Carlos Garcia, adiantando que o terceiro guardião do Vizela, Dimas, tem um dedo fracturado, lesão contraído num jogo com os juniores.
Carlos Garcia continua a acreditar na subida de divisão, apesar de ter cedido dois pontos importantes: ''Tenho de registar o grande brio, o grande carácter e o grande empenho dos jogadores. Tenho de agradecer à massa associativa. Pretendíamos mais, mas conseguimos um ponto e cada vez acreditamos mais que a subida é possível''.