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Visão financeira de aplicação do vídeoárbitro na Taça da Liga «é redutora»

O diretor executivo da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), João Martins, disse hoje que “é uma visão redutora” olhar para a questão financeira como determinante para a implementação da tecnologia de videoárbitro na Taça da Liga.

Visão financeira de aplicação do vídeoárbitro na Taça da Liga «é redutora»
Futebol 365

“Nunca a questão de uso do videoárbitro (VAR) esteve dependente de uma vontade da Liga e de uma ponderação financeira por parte da Liga. A política de uso do VAR é definida pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e pelo Conselho de Arbitragem da FPF, e a Liga não faz ingerência na definição desta política”, explicou, à Lusa, o dirigente.

João Martins reagia às declarações do presidente do Conselho de Arbitragem (CA), José Fontelas Gomes, que disse à Lusa que o uso de VAR na Taça da Liga, na terceira fase, não acontecia apenas por opção da LPFP.

O dirigente da LPFP apontou para a implementação da tecnologia na I Liga, uma “boa decisão em que Portugal foi pioneiro”, que foi tomada pela FPF.

Segundo a Liga, “a implementação do VAR não é de um dia para o outro”, e com a participação de equipas da II Liga na terceira fase “não se pode permitir a existência de VAR, ou um compromisso”.

Questionado pela Lusa sobre a ausência da tecnologia VAR na competição, o presidente do CA da FPF tinha explicado que o único estádio que não tem ligação por fibra à Cidade do Futebol, onde está instalado o dispositivo VAR, é o do Varzim, “mas um sistema móvel poderá assegurar sem dificuldades as condições técnicas necessárias”.

“No futuro, talvez a terceira fase possa ter o VAR, mas neste momento não foi colocada a questão, nem a Liga pode ter a ousadia de pedir a implementação e perguntar quanto custa. Não foi assim que funcionou na I Liga, foi uma decisão da FPF em querer assumir estrategicamente a implementação do videoárbitro na competição, e que nós apoiamos”, reforçou.

Para João Martins, a Liga “compreende” que a FPF suporta os custos associados à tecnologia na sua implementação na I Liga, na Taça de Portugal a partir das meias-finais, e na ‘final four’ da Taça da Liga, e que a federação gere “o funcionamento de arbitragem e de disciplina, como deve ser”

O dirigente quis ainda “desdramatizar um pouco” a questão, num momento em que o VAR, “com todas as críticas, recebe agora uma demonstração de que tem dado imagem positiva”, mas lembrou que a Liga dos Campeões “não tem a tecnologia, não por falta de dinheiro, mas por estratégia e definição de como e quando deve ser instalada”.

“É redutor estar a dizer que é uma questão de preço, porque não é, tem a ver com estratégia. (...) Se calhar, têm de ambas de se sentar à mesa, definir a estratégia e a política sobre um tema em conjunto”, rematou.

À agência Lusa, o presidente do Conselho de Arbitragem da FPF afirmou que a introdução do videoárbitro na terceira fase da Taça da Liga, algo que “depende apenas do investimento da Liga”, depois de ter sido usada em 2017/18 a partir das meias-finais, em formato ‘final four’, em Braga.

Segundo o CA, o VAR pode ser utilizado na Taça da Liga “a qualquer momento, desde que a Liga o solicite”, enquanto na Taça de Portugal Fontelas Gomes lembrou que em 2017/18 este foi utilizado a partir das meias-finais.

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