O Benfica perdeu hoje com o Bayern de Munique, por 2-0, em jogo do grupo E da Liga dos Campeões de futebol, no qual Renato Sanches assinalou o seu regresso à Luz com um golo.
O resultado, tão previsível quanto justo, começou a ser construído pelo inevitável Lewandowski, aos 10 minutos, e foi sentenciado pelo internacional luso, aos 54, numa arrancada a fazer lembrar o ‘menino' de 18 anos que ‘deslumbrou' em 2015/16, antes de se mudar para Munique.
Renato esteve longe de ser apenas o ‘guia turístico’ dos seus companheiros e, depois de marcar, imediatamente juntou as mãos a pedir perdão aos mais de 60.000 adeptos que estiveram na Luz e que lhe responderam com uma enorme salva de palmas.
O Benfica somou, assim, a oitava derrota seguida na Liga dos Campeões, numa sequência que começou com a eliminação em Dortmund (4-0), em 2016/17, e se prolongou por toda a fase de grupos da temporada transata.
Rui Vitória apostou no ‘onze' que tem vindo a ser mais utilizado, com o habitual trio de meio campo composto por Fejsa, Pizzi e Gedson, e com Seferovic a surgir novamente na frente de ataque, ladeado por Salvio e Cervi.
Mesmo considerando o resultado nivelado, ficou patente a diferença de qualidade individual e, sobretudo, coletiva entre duas equipas de patamares completamente distintos e, por muito que Rui Vitória quisesse uma equipa ‘arrogante' em campo, nunca isso foi sequer possível.
Se essas diferenças podem perfeitamente ser atenuadas nas competições nacionais, em que qualquer um dos chamados 'grandes' - neste caso o Benfica - tem maior capacidade e qualidade individuais face à concorrência, hoje, num duelo com nível de exigência muito superior, as fragilidades dos 'encarnados' ficaram ainda mais evidenciadas, perante um oponente extremamente sagaz a aproveitar o que lhe foi concedido.
A maioria dos erros cometidos, alguns dos quais incompreensíveis, por serem recorrentes numa equipa que leva mais de três anos de trabalho com o mesmo treinador (o espaço entre linhas continua a ser gritante), foram superiormente aproveitadas pelos germânicos, desde logo pelo ‘letal' Lewandowski, que, com muita classe, deixou Grimaldo por ‘terra', antes de inaugurar o marcador.
Robben e Ribéry também dispuseram de boas situações, mas Vlachodimos foi mantendo a margem mínima no marcador, permitindo que o Benfica começasse, aos poucos, a aproximar-se da baliza de Neuer.
Salvio tentou ‘espevitar' as ‘águias', primeiro num remate que saiu longe do alvo e, depois, ameaçando o empate, que foi travado pelo guardião alemão. Contudo, faltavam ideias ao Benfica no último terço, enquanto o Bayern, mesmo em ritmo baixo, conseguia chegar-se à frente com relativa facilidade, dada a má articulação entre o trio de médios ‘encarnados'.
Além das falhas coletivas, um erro individual de Rúben Dias quase proporcionou novo golo ao Bayern, mas Robben voltou a perder no duelo com Vlachodimos.
À semelhança do que tinha sucedido no arranque do encontro, os germânicos entraram a todo o ‘gás' na etapa complementar e chegaram ao golo, na sequência de um lance coletivo genial, mas também muito permitido pelas ‘águias', que mostraram como não se deve defender, tantas foram as coberturas falhadas pelos seus jogadores, que abriram caminho
A jogada começou na linha de baliza de Neuer, chegou a Renato Sanches ainda no primeiro terço do campo, o internacional português ‘galgou' cerca de 60 metros com bola, vencendo todos os duelos individuais, antes de corresponder da melhor forma a um cruzamento de James Rodríguez.
As ténues tentativas do Benfica chegaram por Seferovic, que rematou ao lado, e Rúben Dias, que proporcionou uma grande intervenção a Neuer, após livre de Pizzi. De resto, o médio benfiquista voltou a demonstrar pouca capacidade para fazer face a jogos desta dimensão e seria rendido por Gabriel à hora de jogo.
O reforço brasileiro trouxe mesmo alguma acutilância ofensiva, embora sem resultados práticos, tal foi a facilidade com que o Bayern foi anulando as iniciativas ‘encarnadas'. Ainda assim, o encontro não terminaria sem novo duelo entre Robben e Vlachodimos, mais uma vez ganho pelo guardião germânico.
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