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O treinador da equipa de futebol do Benfica, Fernando Chalana, admitiu ter ficado surpreendido com a saída do técnico espanhol José António Camacho e garantiu que não está interessado em continuar no cargo na próxima temporada.
Em entrevista publicada hoje no diário Correio da Manhã, a primeira desde que substituiu Camacho no comando técnico do clube lisboeta, Chalana afirmou que foi ''completamente apanhado de surpresa'' com a demissão do espanhol e que nunca pediu para ser treinador principal da equipa do Benfica.
''Não estava à espera que se demitisse. Não pedi para ser treinador. Tal coisa nem me passava pela cabeça. Não esperava sê-lo, nem quero sê-lo no futuro. Quero ajudar o Benfica sabendo que no final da época vem outro treinador'', explicou.
Mesmo que consiga manter o segundo lugar e o acesso directo à Liga dos Campeões, o ''principal pedido feito por Luís Filipe Vieira'', presidente do Benfica, Chalana garantiu que não continuará no cargo, apesar de enaltecer as ''pessoas maravilhosas'' que compõem a sua equipa técnica (Sheu, Rui Aguas, João Tralhão, Bruno Mendes e Luís Matos)
''Tenho o terceiro nível de treinador desde 2001 e já tive oportunidade de tirar o quarto nível. Não o fiz, porque nunca quis ser treinador principal. Quero estar onde o Benfica achar que é mais proveitoso para o clube'', disse.
O antigo extremo-esquerdo do Benfica, que substituiu Camacho após o empate (2-2) caseiro com a União de Leiria, ''lanterna vermelha'' da Liga, revelou que o presidente do clube ''tem dado todo o apoio à equipa técnica'' e mostrou-se confiante num bom final de época da formação ''encarnada''.
''Os jogadores têm colaborado da melhor maneira e sentimos que esta semana foi proveitosa. As primeiras partes com Getafe e Marítimo foram boas, mas houve quebras nas segundas partes. Agora é diferente, há tempo para preparar o jogo com o Paços de Ferreira'', sustentou.
Nesse sentido, Chalana, que defendeu a qualidade do plantel das ''águias'', espera que o Benfica volte às vitórias frente aos pacenses como forma de levantar a equipa e pediu o apoio do público do Estádio da Luz.
''Fui futebolista e, em termos mentais, sei o que significa não ganhar. No meu tempo não saíamos de casa com empates ou derrotas. Empatar aliás era como uma derrota. É essa postura que temos que transmitir a quem chega'', concluiu.
