O seleccionador português de futebol, o brasileiro Luiz Felipe Scolari, mostrou-se hoje insatisfeito com a derrota face à Grécia (2-1), em Dusseldorf, mas revelou despreocupação por uma aparente quebra de qualidade da equipa.
“Não estou preocupado, mas claro que não estou satisfeito (com a derrota)”, assumiu Scolari, explicando que os desaires com a Itália e, agora, com a Grécia, servem de preparação e não atribuem títulos.
O seleccionador português lamentou que a Grécia tenha mais uma vez decidido o jogo em lances de bola parada e mostrou-se satisfeito com o comportamento de alguns jogadores.
“Fomos ineficientes em alguns sectores e a Grécia mostrou notável eficácia. Infelizmente, a qualidade dos gregos nas bolas paradas foi determinante. Mas voltámos a ser melhores”, afirmou o seleccionador, em alusão às duas derrotas no Euro2004 (na final e no jogo inaugural).
Luiz Felipe Scolari mostrou-se esperançado numa recuperação e evolução da equipa durante o estágio de Viseu (de 18 a 31 de Maio) e sublinhou que a ausência de Cristiano Ronaldo e Nani, lesionados, condicionou as opções.
“Alguns jogadores evoluíram para uma situação de possível convocatória e outros ainda me criam algumas dúvidas. Vou continuar a avaliar”, assumiu “Felipão”, mostrando satisfação pela exibição de Carlos Martins, hoje inicialmente no papel de “10”.
O seleccionador português explicou também que a ausência de Ronaldo serviu para testar outras opções e revelou contentamento pela exibição e o golo de Nuno Gomes.
“O Nuno Gomes tem jogado sempre que vem à selecção e corresponde. Hoje testámos a possibilidade de dois avançados (com Hugo Almeida, na segunda parte), de forma a ver o trabalho da equipa”, concluiu o seleccionador.
Por seu lado, o alemão Otto Renhagel, seleccionador da formação grega, realçou a exibição da sua equipa na primeira parte e reconheceu que Portugal foi melhor no segundo tempo.
“Foi um jogo de treino, para testar jogadores. Foi isso que fizemos, tal como Portugal. Marcámos e aproveitámos as nossas oportunidades e estivemos bem na defesa, não deixando a equipa portuguesa atacar pelas laterais”, disse.