Um golo de Seferovic deu hoje 'cor' a um clássico sem 'brilho' entre Benfica e FC Porto e acabou com o 'jejum' de triunfos das 'águias' diante do rival, na sétima jornada da I Liga de futebol.
O golo do internacional suíço, aos 62 minutos, não só deu o triunfo aos 'encarnados', que não venciam os portistas em casa, para o campeonato, desde janeiro de 2014 (2-0), como colocou o clube da Luz no topo da tabela, a par do Sporting de Braga.
Lisboetas e minhotos têm agora 17 pontos, mais dois do que os 'dragões' (15), que podem ser ultrapassados pelo Sporting (13), caso os 'leões' vençam hoje em Portimão.
Pelo terceiro jogo seguido, os 'encarnados' viram um dos seus centrais ser expulso, neste caso Lema, aos 82 minutos, mas, por outro lado, o treinador Rui Vitória conseguiu, finalmente, festejar o primeiro triunfo da carreira perante os 'azuis e brancos', ao fim de 20 embates.
Se as apostas do técnico em Lema, no centro da defesa, e Cervi, no lugar de Rafa, já eram expetáveis nos 'encarnados', o mesmo não se poderá dizer de Gabriel, que conquistou o lugar a Gedson, titular diante do AEK, na recente jornada da Liga dos Campeões.
Já nos portistas, Sérgio Conceição não tinha grande espaço para surpresas, pelo que, sabendo de antemão que não poderá contar com Aboubakar nos próximos largos meses, lançou Soares na frente de ataque e privilegiou os equilíbrios oferecidos por Otávio, ao invés dos desequilíbrios propostos por Corona.
A fazer lembrar o Benfica-Sporting da quarta jornada, 'águias' e 'dragões' pecaram pela falta de qualidade e muitas más decisões com bola, levando o jogo para um registo de disputas aéreas, faltas atrás de faltas (44 no total) e, na essência, pouquíssimo futebol.
O FC Porto foi saindo claramente beneficiado, dada a capacidade física dos seus jogadores, e, neste particular, ganhou inúmeros duelos (por Danilo, Herrera, Marega ou Soares), perante um meio-campo do Benfica bastante mais 'macio' (Pizzi e Gabriel).
Seferovic, mais uma vez muito isolado na frente e, ainda por cima, sendo solicitado para receber a bola nas linhas, tentou desbloquear o nulo, mas teve pela frente um Casillas reativo e rápido a sair dos postes para afastar o perigo.
Sem 'brilho', o jogo ia se arrastando através dos inúmeros 'apitos' de Fábio Veríssimo, sendo que a formação portista também teve o seu momento de perigo no primeiro tempo, ainda que Soares não tenha feito mais do que acertar nas malhas laterais, depois de uma abertura brilhante de Herrera.
De resto, o primeiro momento de futebol, na verdadeira aceção da palavra, surgiu à hora de jogo, graças a uma incursão de Grimaldo, que terminou com um remate de Gabriel para intervenção apertada de Casillas.
A ameaça acabaria concretizada pouco depois, novamente com Gabriel em evidência: o médio brasileiro desmarcou Pizzi, que deixou Seferovic em 'carreira de tiro' para inaugurar o marcador e anotar o seu terceiro tento da época, o segundo no campeonato.
O golo deu 'asas' ao Benfica para tentar algo mais, mas as intenções ficaram-se por um remate de Salvio por cima da baliza. À entrada para os últimos 20 minutos, Sérgio Conceição tirou Maxi Pereira e lançou Corona, mas seria Danilo a assustar os 'encarnados', na sequência de um canto.
A expulsão de Lema deu ainda mais fulgor aos 'dragões', que procuraram chegar ao empate através de um jogo cada vez mais direto, algo que Brahimi tentou contrariar com a sua capacidade técnica e que quase dava direito a golo, num remate que tirou 'tinta' ao poste.
O Benfica defendia-se como podia da pressão final do FC Porto, fazendo face às muitas bolas colocadas na área, acabando por vencer a 'batalha' dos duelos pelo ar, ainda que Danilo tenha deixado em suspenso os mais de 60.000 adeptos que estiveram na Luz no último lance da partida.
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