Declarações de Abel Ferreira (treinador do Sporting de Braga) após o jogo com o Vitória de Guimarães, da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol, que terminou com um empate (1-1).
«Produzimos muito, ou pelo menos o suficiente para marcar mais do que um golo. Entrámos muito bem na partida. Tivemos uma primeira oportunidade na cabeça do Horta. O nosso adversário também entrou bem no jogo e acabou por marcar um golo num cruzamento onde estamos bem posicionados, mas não atacámos no duelo. A partir desse momento, voltámos a carregar. Queríamos vencer o jogo, mas antes queríamos fazer por acontecer, e conseguimos o golo do empate.
Na segunda parte, entrámos com o mesmo intuito de fazer golos. Acabámos por fazer [por Dyego Sousa]. Não sei se está ou não fora de jogo, mas parece-me que sim. Não houve falta, e daí os meus protestos, mas como havia o fora de jogo, o árbitro estava correto. Depois, tivemos duas oportunidades, num cabeceamento do Dyego Sousa e num lance do Fábio Martins, em que podia finalizar.
Hoje, jogámos olhos nos olhos do adversário. Viemos à casa do nosso ´rival'. Foi isso que fizemos. A haver um vencedor, teríamos de ser nós, sem tirar qualquer mérito ao nosso adversário.
Fico triste [pelo atraso na entrada dos adeptos do Sporting de Braga], porque, nesta indústria em que se tornou o futebol, custa-me ver 30 minutos em que não podes ter os teus adeptos. Devemos todos - treinadores, dirigentes, secretário de Estado do Desporto e adeptos - refletir para perceber o que nós queremos do desporto. O desporto é um espetáculo que me ensinou a ganhar e a perder.
É lamentável o que aconteceu [apedrejamento] com o nosso autocarro e com o carro do nosso presidente [António Salvador]. Às vezes, sinto um bocado de vergonha por pertencer a uma modalidade que tanto me dá. Acontece em todo o lado, mas temos é de nos defrontar dentro das quatro linhas».