O médio brasileiro Jaime decidiu hoje abandonar o Leixões, depois de ter falhado a segunda grande penalidade de que a equipa beneficiou segunda-feira frente ao Belenenses (1-2), na 25ª jornada da Liga de Futebol.
Em conferência de imprensa, no Estádio do Mar, o “capitão” Bruno China comunicou que, “depois do que aconteceu, o Jaime tomou uma posição e achou que não tinha condições para continuar”, sendo que a rescisão oficial não está ainda acordada com a SAD.
De acordo com o “capitão” leixonense, “o grupo de trabalho tentou demovê-lo, mas não foi possível e, por isso, não continuará” no plantel da equipa de Matosinhos, agora a dois pontos da zona de despromoção, após derrota em casa frente aos lisboetas.
O treinador António Pinto afirmou que não teve tempo de o demover da saída do plantel: “ele disse que se ficasse, os sócios do Leixões iam virar-se contra a equipa e, por isso, achou melhor sair”.
O técnico referiu ainda que quando Jaime se apercebeu da forma como marcou a grande penalidade (“à Panenka”, mas para as mãos do guarda-redes), “deitou as mãos à cabeça e percebeu que tinha feito uma grande asneira”.
Quanto à escolha do jogador que iria marcar a penalidade, António Pinto apenas referiu que o goleador Roberto tinha falhado poucos minutos antes um castigo máximo e que Jaime “lida bem com a pressão”.
Bruno China saiu em defesa do colega, dizendo que “um penalti qualquer um falha” e que Jaime não explicou porque bateu daquela forma a grande penalidade, “nem tinha de explicar”.
Ainda na conferência de imprensa, o “sub-capitão” Nuno Silva acrescentou que, após a confirmação desta saída, “o grupo está unido para lutar até ao fim do campeonato”.
Jaime Júnior da Silva Aquino é natural da cidade brasileira de Belém e completa 29 anos a 27 de Abril, tendo chegado esta época ao Leixões pelas mãos de Carlos Brito, na reabertura do mercado, no Inverno, depois de 17 jogos nos espanhóis do Racing Ferrol.
O médio brasileiro falhou a grande penalidade aos 92 minutos, depois do seu compatriota Roberto ter desperdiçado um primeiro castigo máximo, aos 86: o também “canarinho” Júlio César, guarda-redes do Belenenses, defendeu ambos, ascendendo a “herói” do encontro.