O presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de futebol (SJPF) saiu hoje em defesa do médio Jorge Ribeiro (Boavista), acusado de ter falhado, propositadamente, uma grande penalidade contra o Benfica, com o qual terá acordo.
“O Sindicato, os capitães de equipa e o restante plantel querem manifestar aqui um voto de confiança e solidariedade profissional para com o Jorge Ribeiro”, realçou Joaquim Evangelista, criticando “declarações que puseram em causa o brio profissional” do atleta.
O dirigente tomou esta posição na conferência de imprensa em que anunciou a decisão do plantel profissional do Boavista de convocar uma greve, por incumprimento salarial.
Segundo o diário desportivo “A Bola”, Jorge Ribeiro terá sido recriminado logo após o jogo pelo presidente do Boavista, Joaquim Teixeira, por ter falhado uma grande penalidade contra o Benfica.
“Achamos inqualificável e inadmissível” que isso tenha acontecido, afirmou Evangelista, opinando que o médio “axadrezado” formado nas escolas do Benfica foi “um dos jogadores que mais brio profissional revelou nos últimos jogos”.
Ainda na primeira parte, o Boavista beneficiou de uma grande penalidade, por falta de Edcarlos sobre Mateus, mas, na conversão do castigo máximo, Quim defendeu o remate de Jorge Ribeiro, que, alegadamente, terá um acordo para regressar ao Benfica.
“Eu recriminei?”, retorquiu Joaquim Teixeira, ao ser questionado pela Agência Lusa sobre o alegado incidente com Jorge Ribeiro.
O presidente do Boavista não quis adiantar mais nada sobre o assunto, admitindo apenas “falar amanhã (quarta-feira)” sobre este caso - e também sobre a greve hoje anunciada pelos jogadores “axadrezados”.
Por seu lado, o jogador declarou hoje à rádio TSF que Teixeira, “se calhar”, está muito nervoso. “A mim, ele não tem nada a apontar. Sou um profissional acima de tudo”, disse Jorge Ribeiro, que é a primeira opção do Boavista para marcar grandes penalidades.