O polaco Robert Kubica está de regresso à Fórmula 1 como piloto oficial da Williams em 2019, confirmou hoje a escuderia britânica, em comunicado.
Quase oito anos depois de ter sofrido um violento despiste quando participava no Rali di Andora, em Itália, que quase lhe custou a amputação do braço direito, o piloto de 33 anos (cumpre 34 em dezembro) viu a Williams oferecer-lhe um lugar de piloto efetivo depois de ter passado a época de 2018 como piloto de testes.
"A Williams Martini Racing tem o prazer de anunciar que Robert Kubica completa a formação para 2019, juntamente com [o britânico] George Russel no Campeonato do Mundo de Fórmula 1", lê-se no documento, publicado no site da equipa.
No mesmo comunicado, os responsáveis da Williams explicam que Kubica "impressionou a equipa depois de vários testes realizados em 2017, antes de ter assumido o papel de piloto de testes e desenvolvimento para a temporada de 2018".
"Durante este tempo, Robert passou bastante tempo a trabalhar tanto em pista como na fábrica, para além de ter tido a oportunidade de conduzir um FW41 em diversas sessões de treinos livres" de Grandes Prémios, lê-se.
Robert Kubica chegou pela primeira vez à Fórmula 1 em 2006 pelas mãos da BMW Sauber, conquistando um pódio logo numa das três primeiras corridas, em Itália, "o que fez dele um dos mais promissores pilotos", refere o comunicado.
Em 2008 fez a sua melhor temporada, quando terminou no quarto lugar do Mundial de pilotos, graças a sete pódios conseguidos, incluindo a única vitória da sua carreira na F1, no GP do Canadá.
Ao todo, até 2010, ano em que já integrou a equipa Renault, Kubica conseguiu 12 pódios.
No entanto, o acidente sofrido a 06 de fevereiro de 2011, em que embateu num rail de proteção com o Skoda Fabia que pilotava no rali italiano, durante a pausa de inverno da F1, provocou-lhe diversas lesões graves que afetaram a mobilidade do braço direito, numa altura em que já tinha um pré-acordo com a Ferrari.
Dedicou-se, então, à recuperação das lesões, tendo disputado diversas provas do Mundial de Ralis, sem grande sucesso e com muitos despistes à mistura.
Em 2018, teve a oportunidade de regressar à F1 pelas mãos da Williams, mas viu-se preterido pelo russo Sergey Sirotkin, que agora abandona a equipa.
Kubica conseguiu negociar mais patrocinadores polacos, que vão investir na equipa britânica.
"O que parecia impossível parece agora realizar-se", disse o piloto polaco.
"Foi um longo caminho para chegar a este ponto, mas o desafio termina agora com este anúncio e um novo desafio inicia-se em pista. Não será fácil, é preciso trabalho árduo e dedicação", garantiu.
O piloto de 33 anos vai já participar nos treinos da próxima semana, em Abu Dhabi, onde este domingo se disputa a derradeira prova da temporada.
O britânico Lewis Hamilton e a Mercedes garantiram, já, os títulos de pilotos e construtores, respetivamente.