Um golo de Hernâni já nos descontos permitiu ao FC Porto vencer hoje na visita ao Boavista, por 1-0, e assegurar a liderança isolada da I Liga portuguesa de futebol após a 11.ª jornada.
Depois de uma primeira parte em que o Boavista bateu o pé ao FC Porto, o jogo sofreu uma grande transformação no segundo tempo porque os campeões dominaram, pressionaram, criaram lances de perigo e de golo e acabaram por ser premiados com um golo aos 90+5 minutos, numa sobra que Hernâni aproveitou.
Os ‘dragões’ seguram assim a liderança isolada do campeonato, com 27 pontos, mais três do que o Sporting de Braga, segundos classificados, com 24, na véspera de o Sporting poder ficar a dois, caso vença no recinto do Rio Ave, ao passo que o Boavista ocupa o 16.º posto, com nove pontos.
A primeira parte foi um combate cerrado pela bola e por cada centímetro do relvado, porque o Boavista, sobretudo, apostou forte num futebol musculado, com marcações apertadas e intensidade máxima nos duelos físicos.
Daí resultaram alguns lances ríspidos e protestos do FC Porto contra o árbitro e o adversário, ao ponto de, aos 23 minutos e na sequência de uma entrada dura sobre Jesus Corona, os dois técnicos terem mesmo trocado algumas palavras de desagrado.
O encontro começou com uma arrancada forte de Otávio pelo lado direito, aos quatro minutos, travada em falta à entrada da área boavisteira, lance a que o Boavista respondeu aos sete com a sua única ocasião de golo neste jogo, por Rafael Lopes.
O encontro sofreu depois, entre os 11 e os 15 minutos, quatro interrupções, devido a problemas físicos do médio Obiora e do guarda-redes Helton Leite e ao arremesso de um artefacto pirotécnico junto à baliza de Casillas, que tinha atrás de si, na bancada norte do Estádio do Bessa, os adeptos portistas.
Obiora acabou mesmo por sair devido a problemas físicos, foi substituído por Idris e o Boavista ficou a perder em lucidez.
O FC Porto ‘cresceu’ na reta final da primeira parte e Brahimi, aos 34, e Herrera e o argelino, aos 43, estiveram perto do golo, que não surgiu devido a boas intervenções de Helton Leite.
Os campeões nacionais subiram muito de produção na segunda parte e o Boavista, já sem a coesão defensiva da primeira parte, começou a ter problemas sucessivos, que se acentuaram à medida que o jogo caminhou para o fim.
Aos 48 minutos, por Marega, aos 53, por Herrera, e aos 60, por Filipe, o FC Porto podia ter marcado, o que só não aconteceu por falta de pontaria.
Descontente com o resultado, Sérgio Conceição substituiu Oliver por Soares, depois tirou Otávio e meteu Adrian e, por fim, aos 88 minutos, avançou com Hernâni para o lugar de Brahimi.
O técnico portista jogou, assim, tudo por tudo numa altura em que o Boavista sentia claras dificuldades ante os sucessivos raides ofensivos e já quase não conseguia sair de forma organizada do seu meio-campo.
A situações de perigo e de golo sucederam-se junto à baliza ‘axadrezada’, até que por fim Hernâni desbloqueou o impasse no resultado a favor da sua equipa, aproveitando uma sobra e uma falha da defesa adversária para fazer o golo, aos 95 minutos, quando já parecia que o nulo seria o resultado final
Na sequência do golo e dos festejos que se seguiram entre os jogadores e no ‘staff’ portista, Sérgio Conceição envolveu-se num bate-boca com o médio Idris e acabou por ser expulso na parte final de um dérbi intenso.
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