Um Marítimo apático e ''masoquista'' na primeira parte e demolidor na segunda metade goleou hoje o Sporting de Braga, por 4-1, em encontro da 27ª jornada da liga portuguesa de futebol, realizado no Funchal.
Com César Peixoto a converter uma grande penalidade cometida infantilmente por Gregory, nos descontos da primeira parte, o Marítimo deu a volta ao resultado na segunda parte, com golos de Marcinho (48), João Luiz (54) e o bis de Márcio Mossoró (67 e 68).
Este era um jogo decisivo para ambas as equipas para continuarem a alimentar a chama de uma qualificação europeia, com o Marítimo em vantagem com a diferença de três pontos, agora alargada para seis.
O Braga, ainda por cima, vinha à Madeira com muitas ausências, casos dos castigados João Pereira e Zé Manel, e dos lesionados Vandinho, Matheus, Paulo Santos, Jorginho e Bruno Tiago, enquanto que nos madeirenses apenas faltava Fábio Felício que, apesar de convocado, não recuperou de uma lesão contraída no treino de sexta-feira.
Com apenas Jailson na frente, os bracarenses, contudo, tiveram a primeira situação de perigo, quando aos 13 minutos, num rápido contra-ataque, César Peixoto isolou Wender na área com este a rematar mas Marcos a fazer a “mancha” perfeita.
Depois um remate por cima da barra de Evaldo, aos 17 minutos, quando a equipa madeirense manifestava inteira falta de inspiração atacante, a turma de Manuel Machado tornou a dispor de nova oportunidade de golo, aos 24 minutos, quando César Peixoto, isolado na área, pela direita, atirou por cima.
Aos 37 minutos, o Braga poderia ter novamente marcado mas Marcos fez nova grande defesa a cabeceamento de César Peixoto, com Márcio Mossoró a responder, quatro minutos após, com um remate perigoso às redes laterais.
Já no período de compensação do tempo perdido, Gregory cometeu uma grande penalidade completamente infantil sobre Wender, agarrando o adversário que fez a sua tarefa atirando-se aparatosamente para o chão. Na conversão do livre, César Peixoto fez o golo já merecido dos “arsenalistas”.
Após o intervalo, Pedro Proença, expulsou o treinador do Marítimo, Sebastião Lazaroni, o que não evitou persistentes protestos junto da equipa de arbitragem.
No entanto, os “verde-rubros” entraram a toda a força e, logo aos 48 minutos, na sequência de um livre de Bruno, na esquerda, gerou-se grande confusão na área minhota com o esférico a sobrar para Marcinho que “fuzilou” as redes adversárias.
O Marítimo ainda mais empolgado ficou e, aos 54 minutos, Ricardo Esteves arrancou pela direita e cruzou para a área onde surgiu João Luiz a saltar mais alto que Contreras e a cabecear imparavelmente para o fundo da baliza de Pawel.
Os bracarenses tentaram a reacção mas foi o Marítimo, cheio de moral e apoiado pelo seu público quem marcou mais dois golos, no espaço de um minuto, através daquele que se tem revelado um caso sério como jogador, Márcio Mossoró.
Aos 67 minutos, o pequeno avançado pegou na bola na intermediária do seu ataque, passou por dois adversários e à entrada da meia-lua atirou forte e colocado ao lado esquerdo da baliza de Pawel.
No minuto imediato, uma jogada de combinação entre ele e Bruno Fogaça isolou-o e à saída do guardião bracarense não teve dificuldade para fazer o golo.
Num jogo que teve duas partes distintas, o Marítimo mostrou mais capacidade e eficácia atacantes.