A sexta edição das Bolsas de Educação Jogos Santa Casa oficializou hoje o apoio financeiro a 33 atletas olímpicos e 13 paralímpicos de diversas modalidades, com vista à conciliação da carreira desportiva com o percurso académico.
Numa cerimónia realizada no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, os 46 desportistas foram distinguidos pelos presidentes dos Comités Olímpico e Paralímpico de Portugal, José Manuel Constantino e José Manuel Lourenço, respetivamente, bem como pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.
“Trata-se de procurar ajudar a que uma carreira seja feita sem prejuízo da outra, sabendo que é um problema complexo conciliar o mais alto nível com o estudo. As carreiras duais são a resposta ao problema da conciliação”, afirmou José Manuel Constantino, que destacou o “pioneirismo” da iniciativa lançada em 2013 e que já distribuiu 218 bolsas, num total de 600.000 euros.
Paralelamente, José Manuel Lourenço vincou o caráter “inclusivo” e a evolução do projeto e da própria sociedade, ao considerar que o desporto está a viver um “novo paradigma” que permite a aproximação entre atletas olímpicos e paralímpicos.
Por sua vez, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, confessou que a entidade que lidera representa a “parte menos importante” do processo e deu o mérito aos atletas beneficiados com as bolsas.
“A história faz-se de iniciativas que nascem, se consolidam e dão frutos. O momento da sua criação foi um momento de inspiração e este projeto cumpre bem aquela que é a missão da Santa Casa. Este ano as bolsas são em número superior e queremos continuar a fazer crescer, queremos que haja mais atletas com carreira dual”, referiu.
Finalmente, João Paulo Rebelo saudou os atletas e as organizações presentes, assegurando que o governo está empenhado na defesa das carreiras duais e na promoção do desporto entre a população estudantil.
“As unidades de apoio ao alto rendimento nas escolas são uma realidade. Este ano são 16 escolas e já atingimos 366 alunos-atletas, em que 67% estão no ensino secundário. Outro dado muito relevante é que incluímos também já 39 modalidades”, finalizou.