Sérgio Conceição: «A atitude do Rio Ave moralizou a nossa vitória»

«Quando o Rio Ave não tinha a bola, havia uma agressividade que até hoje não tinha sido revelada. Faz parte da estratégia dos adversários para quebrar o ritmo que impomos. Desde que seja dentro daquilo que é normal não vejo problema nenhum.

O que admiro é que noutros jogos essa agressividade não tenha existido, visto que é extremamente importante a capacidade de ganhar duelos.

Entrámos bem no jogo e sofremos um golo na primeira vez que o adversário chegou à nossa baliza. Ultimamente tem acontecido isso, mas fomos à procura de inverter a situação e conseguimos fazer dois golos. Nos últimos dez minutos da primeira parte, podíamos ter feito o 3-1, o que se calhar era mais justo face são que se passou na primeira parte.

Corrigimos ao intervalo um ou outra situação a nível defensivo, porque havia um outro jogador que, no nosso primeiro momento de pressão, não se sentia confortável. Conseguimos ser mais pressionantes na segunda parte e tivemos uma outra ocasião para ‘matar’ o jogo.

A atitude do Rio Ave moralizou a nossa vitória, independentemente de pensar que podia ter havido mais um golo para nós.

Não gosto de sofrer golos. Obviamente, temos de olhar para a qualidade do adversário e o Rio Ave fez o golo com mérito, embora com algum demérito nosso no momento em que perdemos a bola, porque sabíamos que o Rio Ave preenche muito bem o corredor central. Perdemos a bola, eles saíram com qualidade e eles fizeram golo.

Podíamos ter acabado com o jogo mais cedo, mas não aconteceu e sujeitámo-nos a um dissabor numa bola longa ou numa bola parada.

Há tanta coisa a melhorar [no futebol]. Se começo aqui a desenvolver, é perigoso.

Esta é a 15.ª vitória, obviamente, ficamos satisfeitos com isso e vamos à procura da 16.ª com o Belenenses, no Jamor.

O ano foi bom. Podia ter sido melhor. Podíamos ter ganhado a Taça da Liga e a Taça de Portugal e ganhámos a Supertaça e o campeonato. Não foi excelente, foi bom».