O treinador Jaime Pacheco considera que o Boavista já alcançou os seus objectivos para esta época, mas promete ''criar muitas dificuldades à Naval'' no jogo de domingo, da 28ª jornada da Liga de futebol.
O treinador “axadrezado”, que fez antevisão da deslocação ao terreno da equipa da Figueira da Foz, considera que o mau tempo já lá vai no que diz respeito ao seu plantel e ao clima recente que nele se viveu.
''Sinto outra alegria e forma de estar'', precisou, referindo haver ''outra disponibilidade anímica''.
As palavras são uma alusão ao desanuviamento provocado pela regularização parcial do problema dos ordenados em atraso.
Com efeito, o Boavista pagou aos jogadores o salário de um mês, tal como lhes prometeu há uma semana, na véspera da recepção ao Nacional e ante à ameaça efectiva de uma greve a este jogo.
Falta ainda, no entanto, liquidar mais um salário completo e 60 por cento do vencimento de Dezembro, que deverá acontecer até 05 de Maio.
Pacheco, também ele mais animado, sublinhou mesmo que os jogadores ''estão mais contentes e mais felizes, como é óbvio''.
Mais uma vez, o técnico, saudou o ''empenhamento'' manifestado pela direcção, bem como ''o comportamento excepcional'' que os adeptos tiveram na recepção vitoriosa ao Nacional (1-0), na última jornada. ''Senti que esta ali uma família unida'', frisou.
''Era fundamental conseguir esta estabilidade a três jornadas do final da Liga'', realçou ainda Pacheco.
O Boavista ocupa o oitavo lugar, com 35 pontos, mais oito do que a Naval 1º de Maio.
''Sentimo-nos muito mais tranquilos e mais confiantes'', sublinhou o técnico.
Menos expansivo sobre o seu futuro, Jaime Pacheco disse que a sua continuidade como treinador do clube do Bessa ''é uma coisa que não está decidida'', considerando que a direcção ''tem outras coisas preocupações''.
Para a visita à Naval, o Boavista tem uma baixa de peso: Jorge Ribeiro, castigado com um jogo de suspensão pela Liga por ter visto o quinto cartão amarelo, frente ao Nacional.