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PJ confirma detenção de 'hacker' que terá tido acesso ilegal a e-mails do Benfica

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou hoje a detenção, na Hungria, do português Rui Pinto, o 'hacker' que terá acedido ilegalmente aos e-mails do Benfica e que “já era perseguido” pelas autoridades “há algum tempo”.

PJ confirma detenção de 'hacker' que terá tido acesso ilegal a e-mails do Benfica
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“A detenção ocorreu hoje, em Budapeste, com a intervenção da congénere húngara e com a participação da PJ - que estavam em cooperação estreita - e no âmbito de um mandado de detenção europeu e de uma decisão de investigação europeia”, revelou Carlos Cabreiro, em conferência de imprensa realizada na sede da PJ.

O diretor da Unidade de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ nunca confirmou o nome do detido, embora admitindo tratar-se “de um suspeito que a PJ já procurava há algum tempo, pela prática de determinados crimes e cujo nome já foi muito difundido na comunicação social”.

Carlos Cabreiro disse ainda ser “prematuro” associar o suspeito a crimes cometidos contra algumas instituições desportivas, como Benfica, FC Porto, Sporting ou Doyen, embora tenha adiantado que o mesmo “é detido por tentativa de extorsão, acesso ilegítimo e exfiltração de dados de algumas instituições, inclusive do próprio Estado”.

“Agora, seguir-se-ão os trâmites normais de transferência de detidos quando ocorrem no âmbito de um mandado de detenção. A extradição para Portugal acontecerá dentro de um prazo razoável, entre três semanas a um mês”, transmitiu o diretor da UNC3T.

De acordo com Carlos Cabreiro, o ‘hacker’ pode incorrer numa pena de prisão “até 10 anos”, embora “haja várias penas associadas aos vários tipos de crime”.

A PJ anunciou hoje ter sido detido um cidadão português, de 30 anos, com fonte policial a dizer à agência Lusa que se trata de Rui Pinto, suspeito pelo acesso ilícito ao correio eletrónico dos 'encarnados'.

De acordo com a PJ, "em causa estão factos suscetíveis de integrarem crimes de extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo".

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