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E. Amadora: Equipa volta a não treinar por falta de pagamento de salários

O plantel do Estrela da Amadora voltou hoje a recusar treinar por não terem sido liquidados os dois salários em atraso, como tinha garantido quarta-feira o presidente do clube, António Oliveira.

E. Amadora: Equipa volta a não treinar por falta de pagamento de salários
Futebol 365

Os jogadores do Estrela da Amadora apresentaram-se no Estádio José Gomes para iniciar o treino às 16:00, mas, apesar de se terem equipado, uma hora depois ainda não tinham iniciado a preparação por não terem qualquer indicação quanto ao pagamento.

Às 17:15, António Oliveira entrou no Estádio José Gomes e reuniu com os jogadores de imediato, a quem comunicou que não era possível regularizar os vencimentos em falta.

Os atletas não aceitaram participar na sessão de treino, à semelhança do que tinha acontecido na manhã de quarta-feira, e abandonaram as instalações do clube da Reboleira.

António Oliveira justificou a impossibilidade de pagamento hoje “por uma questão de despacho”, porque “o problema está praticamente resolvido”.

“Há uma situação que está pendente. Temos a resposta, mas não depende de nós para que o dinheiro chegue às nossas mãos”, afirmou o presidente do Estrela da Amadora, lamentando não ter sido “possível que a operação fosse concluída”.

O dirigente asseverou que hoje ainda terá confirmação da disponibilidade do dinheiro - uma letra no valor de 300.000 euros - e garantiu que sexta-feira, antes do treino da equipa, às 10:00, no Estádio Nacional, “a situação fica ultrapassada”.

Sublinhando que apenas se deslocou à Reboleira “por respeito aos jogadores”, António Oliveira admitiu que “não é positivo” que a equipa tenha voltado a não treinar, mas, sem concretizar, referiu que “há formas estranhas de pressão”.

Oliveira refutou ainda a afirmação de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), de que o clube deve “três salários em atraso”.

“Apenas quatro ou cinco jogadores do Estrela têm contrato que vence a dia 05, os outros têm contrato a vencer a partir do dia 15”, sustentou, aludindo também às críticas de “falta de seriedade e honestidade”.

“No Estrela não há problema de seriedade e honestidade. Não está correcto. O Estrela não compra um jogador há quatro anos. Temos um orçamento realista. Pagamos 141.000 euros por mês e pergunto se isso é algum orçamento megalómano. Os vencimentos no Estrela andam entre 1.800 e 2.000 euros”, disse.

Quanto à reunião dos órgãos sociais programada para hoje, ao fim da tarde, o presidente do clube “tricolor” afirmou ter partido dele a iniciativa de juntar todos os dirigentes para explicar a situação, pois “alguns não sabem”.

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