Um golo do suplente Adrián López permitiu hoje ao FC Porto manter em aberto a eliminatória com a Roma, apesar do desaire por 2-1, na primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões de futebol.
No Olímpico de Roma, o avançado espanhol, que tinha rendido o lesionado Brahimi, aos 68 minutos, reduziu a desvantagem dos ‘azuis e brancos’, aos 79, depois de o jovem Nicolò Zaniolo, de 19 anos, ter marcado para os transalpinos, aos 70 e 76, tornando-se no segundo futebolista italiano mais jovem a marcar na ‘Champions’, a seguir a Mario Balotelli.
Mesmo sem ter ‘deslumbrado’, o FC Porto, que não perdia há 26 jogos, desde o clássico com o Benfica, em outubro do ano passado, mostrou atributos para dar a volta à eliminatória na segunda mão, marcada para 06 de março, no Estádio do Dragão, e seguir para os quartos de final.
Privado de Marega, lesionado, e Corona, castigado, Sérgio Conceição promoveu a estreia de Fernando Andrade na Liga dos Campeões, formando dupla de ataque com Soares, enquanto Otávio surgiu à direita de um meio-campo a quatro, juntamente com os imprescindíveis Danilo, Herrera e Brahimi.
Casillas, que estabeleceu novo recorde na prova, ao estar presente pela 19.ª vez nos ‘oitavos’, sofreu um susto à passagem dos 10 minutos, num lance que nasceu num livre a favor dos portistas. Os romanos recuperaram a bola, saíram rapidamente em transição e Brahimi, na tentativa de cortar um cruzamento, quase acertou na própria baliza.
Num jogo muito disputado, mas com reduzido esclarecimento técnico de parte a parte, poucas foram as verdadeiras situações de perigo criadas, sendo as exceções um remate de Pellegrini à figura de Casillas e outro de Fernando Andrade a testar Mirante, ambos sem perigo de maior para os dois guardiões.
A primeira grande oportunidade iria aparecer para o lado dos italianos, através do inevitável Dzeko, que deixou Éder Militão para trás, antes de acertar com estrondo na baliza ‘azul e branca’.
O calculismo marcava, indelevelmente, a disputa entre ‘dragões’ e ‘giallorossi’, mas o caminho para a qualificação quase era ‘desbravado’ por Danilo, antes da hora de jogo, quando o médio correspondeu da melhor forma a um canto de Alex Telles e ficou a centímetros do golo.
Perante uma Roma longe dos tempos áureos, mas que, ainda assim, tem individualidades com capacidade para fazerem mais, o FC Porto foi sabendo controlar o jogo, sobretudo através das iniciativas de Brahimi, até ao momento em que teve de sair lesionado, e do ‘pulmão’ da dupla Danilo e Herrera.
No terceiro ‘capítulo’ do duelo entre Lorenzo Pellegrini e Iker Casillas, o guardião espanhol voltou a sair por cima, parando um remate do internacional transalpino, mas nada poderia fazer, pouco depois, perante o pontapé de Zaniolo, que abriu o marcador, beneficiando, contudo, de alguma permissividade defensiva de Alex Telles.
A saída de Brahimi, um dos poucos que conseguia segurar a bola e ditar a temporização do jogo portista, revelar-se-ia crucial para que a Roma começasse a criar perigo, conseguindo capitalizar novamente o domínio, com Zaniolo a anotar o ‘bis’ e a encaminhar a eliminatória para o lado romano.
Contudo, os portistas não se renderam e o golo de Adrián López, três minutos volvidos, não só relançou a eliminatória como impulsionou o FC Porto para um final de jogo absolutamente pressionante, frente a uma Roma que se ia rendendo, denotava algum receio com o passar dos minutos e era uma ‘sombra’ do conjunto que atingiu as meias-finais da época transata.
De resto, Herrera deixou em suspenso a respiração dos adeptos ‘giallorossi’, num remate que ficou a centímetros da igualdade e que provou que o FC Porto tem claras possibilidades de eliminar o conjunto da capital italiana.
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