A FIFA deu esta sexta-feira «luz verde» à criação de um Mundial de clubes em 2021 com 24 equipas, substituindo o atual formato de sete equipas, apesar da oposição da Associação Europeia de Clubes (ECA).
Além do alargamento do número de participantes, e da competição deixar de ser disputada anualmente para passar a quadrienal, também vai mudar o período do ano em que decorre, transitando de dezembro para junho e julho, anunciou hoje o presidente da FIFA, Gianni Infantino, em Miami.
Horas antes deste anúncio, a ECA (que representa 232 clubes europeus) tinha avisado que se recusa a participar na edição de 2021 do Mundial de clubes de futebol com 24 equipas, através de uma carta enviada a Infantino.
A missiva, a que a agência noticiosa AP teve acesso, está assinada pelos responsáveis de 14 dos principais clubes da ECA, incluindo Andrea Agnelli, líder da estrutura e presidente executivo da Juventus.
A ECA manifesta-se "contra qualquer potencial aprovação de um Mundial de clubes reformulado, neste momento, e confirma que nenhum dos clubes da ECA vão fazer parte desta competição".
Os clubes instam a FIFA a "adiar qualquer decisão referente ao Mundial de clubes, até ao momento em que as legítimas preocupações e interesses dos emblemas europeus sejam adequadamente atendidas".
Em causa está o desacordo com a inclusão de novas competições até que haja um calendário internacional estipulado a partir de 2024.