O treinador escocês Alex Ferguson anunciou que planeia deixar o Manchester United dentro de três anos e o português Carlos Queiroz, seu adjunto, pode estar na linha da sucessão no clube campeão europeu e inglês de futebol.
''Não vou dirigir o Manchester United durante mais de três anos, no máximo. Sem dúvida. Posso garantir-lhe'', revelou Sir Alex Ferguson em entrevista hoje publicada no jornal Mail on Sunday, dias depois de conquistar a Liga dos Campeões - o 22º troféu em 22 anos de comando em Old Trafford.
Ferguson, de 66 anos, anunciou que 2001/02 seria a sua última época, mas recuou na decisão, depois de a equipa ter entrado em declínio, e nunca mais voltou a falar e forma muito específica sobre os seus planos para sair do United.
Na sexta-feira, Ferguson elogiou as qualidades de Queiroz, sem no entanto apontar o antigo treinador da selecção portuguesa, do Sporting e do Real Madrid como seu sucessor, mas o director executivo David Gill disse hoje que o português está na calha.
''Ele é claramente um factor chave no nosso sucesso. Se olharmos para aquilo que o Liverpool alcançou nos seus anos de maior sucesso, durante as décadas de 70 e 80, foi através de nomeações internas'', disse Gill.
''Carlos é um factor chave em todo o sucesso que alcançámos nos últimos dois anos'', acrescentou o dirigente.
A solução poderá agradar a Ferguson, embora o escocês diga que não interfira. ''O que acontecer depois de eu partir não é do meu domínio. Mas não há dúvida de que penso que Carlos Queiroz vai cá ficar por muito tempo'', sublinhou.