O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) remeteu para a Comissão Disciplinar da Liga as decisões relativas ao Gondomar e ao Vizela no âmbito do processo Apito Dourado, mas suspendeu 26 árbitros, foi hoje anunciado.
O Gondomar e o Vizela, suspeitos de manipulção de resultados na época 2003/04, altura em que estavam sob alçada disciplinar da FPF, mas militam actualmente na Liga de Honra, pelo que o Conselho de Disciplina remeteu os processos para a Liga e apenas deu pareceres.
Em conferência de imprensa, o presidente do Conselho de Disciplina, Arnaldo Marques, escusou-se a abordar as sugestões feitas à Comissão Disciplinar, apresentando apenas as restantes conclusões.
No âmbito dos 40 processos analisados pelo Conselho de Disciplina, foram castigados 26 árbitros, um dos quais de primeira categoria, Rui Silva, suspenso por 20 meses, por falsificação de relatório.
Dos restantes, oito de categorias inferiores foram suspensos por actos de corrupção, por períodos que variam entre os quatro anos e os nove anos e quatro meses.
O processo Apito Dourado, que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004 com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol.
Os 24 arguidos no processo principal do Apito Dourado, entre os quais Valentim Loureiro, antigo presidente da Liga e do Boavista, e José Luís Olveira, presidente do Gondomar à data dos factos, começaram a ser julgados no mês de Fevereiro, no Tribunal de Gondomar.
Nesse mesmo mês, o Consdelho de Disciplina instaurou um novo processo a 12 árbitros, por indícios de corrupção em jogos oficiais.