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O ex-vice-presidente do FC Porto Pôncio Monteiro, actual membro do Conselho Superior do clube, considerou hoje que a decisão da UEFA de anular a exclusão da Liga dos Campeões de futebol ''repôs a verdade''.
Em declarações à Agência Lusa, Pôncio Monteiro defendeu que o ''futebol europeu tomou hoje uma atitude que vem ao encontro da verdade desportiva, que se joga em campo'', e que a ''decisão é uma vitória para o FC Porto''.
''O grande problema gira em torno de uma situação em que o FC Porto se viu indevidamente envolvido provocada por alguém que devia estar a trabalhar noutras coisas menos nestas'', defendeu Pônico Monteiro.
O ex-dirigente portista, questionado sobre o eventual esgrimir de argumentos que se adivinha junto da UEFA, pelas partes interessadas na decisão, nomeadamente FC Porto e Benfica, prefere nem comentar.
''Só há uma tomada de posição em relação a esse possível cenário que é desprezo'', referiu Pôncio Monteiro, defendendo que, ''se fosse benfiquista, não ficaria nada satisfeito com o comportamento do clube''.
Mas, Pôncio Monteiro, recordou que esta atitude vem de encontro ao que o Benfica já em tempos disse, pela voz do seu presidente Luís Filipe Vieira, que preferia ter um elemento na Liga do que reforçar o plantel.
''Sempre acreditei que o FC Porto iria participar na Liga dos Campeões'', confessou Pôncio Monteiro, acrescentando que o clube vai agora esperar com ''tranquilidade e serenidade'' os próximos desenvolvimentos.
O ex-vice-presidente portista defendeu ainda que, ''ao contrário de muitos entendidos - que muito disseram e argumentaram sobre esta matéria'' - acreditou sempre que fosse reposta ''a verdade desportiva''.
''Resta-nos esperar, de forma paciente, que é o que o FC Porto tem feito sempre'', disse Pôncio Monteiro, aludindo à reapreciação de que o processo será alvo por parte da Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA.
A Comissão de Apelo da UEFA decidiu anular a decisão de exclusão do FC Porto da Liga dos Campeões de futebol, decidida a 04 de Junho, devido a dois actos de tentativa de corrupção na époa 2003/04.
Em causa esteve a punição aplicada aos portistas no âmbito do processo Apito Final, que ditou a perde de seis pontos ao tricampeão nacional e o castigo de 24 meses ao seu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa.
A Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA vai agora reapreciar o processo, de forma a que a 01 de Agosto, dia do sorteio da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, esteja tudo resolvido.
