Depois do inédito ‘tetra’, entre 2013/14 e 2016/17, e de ter falhado o ‘penta’, em 2017/18, o Benfica selou o quinto título em seis anos, registo que não conseguia desde os anos 70 do século passado.
Ao vencer o ‘nacional’ de 1976/77, os ‘encarnados’ somaram, então, o quinto título em seis anos, e também o sexto em sete, o nono em 11, o 12.º em 15 e o 14.º em 18 anos, período em que os outros quatro cetros foram arrebatados pelo Sporting.
Depois desse domínio quase total, os ‘encarnados’ ainda conseguiram revalidar o título uma vez – vitórias em 1982/83 e 83/84 -, mas, depois disso, o FC Porto assumiu uma enorme supremacia, com 20 campeonatos em 29 épocas.
Nesse período, os portistas lograram um inédito ‘penta’ (1994/95 a 98/99), um ‘tetra’ (2006/07 a 2008/09) e um ‘tri’ (2010/11 a 2012/13).
Dos nove cetros que fugiram aos ‘azuis e brancos’, o Benfica arrebatou seis, em 1986/87, 1988/89, 1990/91, 1993/94, 2004/05 e 2009/10, enquanto o Sporting somou dois (1999/00 e 2001/02) e o Boavista um (2000/01).
Os ‘encarnados’ viveram, assim, uma década sem qualquer vitória (1994/95 a 2003/2004) e apenas somaram um título em 15 anos, entre 1994/95 e 2008/09.
Em 2009/10, na primeira época sob o comando de Jorge Jesus, o Benfica voltou a ganhar, mas, depois, não ganhou nenhum dos três campeonatos seguintes, todos conquistados pelo FC Porto, que, em 90 jogos, só sofreu uma mísera derrota (1-3 no reduto do Gil Vicente, em 2011/12), e fechou invicto duas edições.
Apesar desses três desaires – o último particularmente custoso, com o golo de Kelvin no Dragão, já nos descontos -, o presidente dos ‘encarnados’ segurou Jesus, que ‘respondeu’ com as conquistas dos campeonatos de 2013/14 e 2014/15.
Depois de seis épocas na Luz, Jesus partiu, para o Sporting, e chegou à Luz Rui Vitória, que, após grande recuperação, levou a equipa ao ‘tri’, em 2015/16, e a inédito ‘tetra’, em 2016/17.
Na época passada, os ‘encarnados’ estiveram perto do ‘penta’, já que lideravam o campeonato a cinco rondas do fim, mas um desaire caseiro com o FC Porto, por culpa de um golo do mexicano Herrera sobre o final, acabou com o ‘sonho’.
Rui Vitória manteve-se, ainda assim, mas, com a equipa em quarto lugar, após 15 jornadas e um ‘caricato’ desaire em Portimão (0-2, com dois autogolos), o técnico foi dispensado e substituído por Bruno Lage, que orientava o Benfica B, chegou como provisório, mas rapidamente passou a definitivo e com contrato prolongado.
Em 19 jogos com Bruno Lage, o Benfica somou 18 vitórias, a última no sábado, na receção ao Santa Clara (4-1), e apenas um empate - em casa, face ao Belenenses (2-2), ao oferecer dois golos quando vencia por 2-0 -, selando o ‘37’ na derradeira jornada.
Com a conquista de 2018/19, o conjunto da Luz passa também a ter maioria na última década, com seis triunfos contra quatro do FC Porto, desde 2009/10, e a somar mais nove títulos do que os ‘dragões’ e 19 face ao Sporting, que chegou aos 18 em 2001/02 e parou. Desde 2002/03, só ‘dá’ Benfica ou FC Porto.