O piloto português Miguel Oliveira (KTM) ficou a um lugar de voltar a pontuar no Mundial de MotoGP, ao terminar em 16.º lugar o Grande Prémio de Itália, apesar de ter corrido com um dedo partido.
O almadense caiu durante a sessão de aquecimento, sofrendo uma micro-fratura no dedo anelar da mão esquerda que, contudo, "não afetou" a prestação na corrida do Mundial de motociclismo de velocidade, em que o italiano Danilo Petrucci (Ducati) obteve a primeira vitória da carreira, impondo a maior velocidade de ponta da sua Ducati à Honda do espanhol Marc Márques, que foi segundo.
"Foi um erro meu. Pisei a linha branca numa curva rápida e perdi o controlo da frente", explicou o piloto português da equipa Tech3, que, no arranque, conseguiu ainda ganhar quatro posições.
No entanto, as dificuldades em manobrar a KTM que o português tem sentido nas últimas três corridas impediram uma recuperação maior.
"No início da corrida, com o tanque cheio de gasolina, foi difícil ultrapassar, pois era complicado ter velocidade nas 'chicanes'", explicou o piloto luso.
Miguel Oliveira beneficiou de algumas quedas à sua frente para ir subindo posições, nomeadamente, a do italiano Valentino Rossi (Yamaha), mas as voltas finais voltaram a ser difíceis.
"Fiquei sem pneu traseiro nas últimas cinco voltas e não consegui atacar as posições pontuáveis - 15 primeiras - mas terminámos muito próximos", vincou.
O português revelou que "não esperava ser tão competitivo" num fim de semana "difícil" em que, mesmo assim, foi a segunda melhor das quatro KTM inscritas, a 14,6 segundos do espanhol Pol Espargaró, que "está um passo à frente, mesmo a nível técnico, com material novo, que parece que faz muita diferença", explicou o português.
"Material que o [francês Johann] Zarco [da Facory Team] ainda não tem e nós também não", destacou Oliveira.
Ainda assim, o piloto de Almada vê "sinais positivos": "Foi a prova em que terminámos mais próximos dos da frente, o que é bom", frisou.
O piloto da KTM concluiu a prova italiana, disputada no circuito de Mugello, a mais 30,101 segundos do vencedor, o que já não acontecia desde a segunda ronda, na Argentina. De então para cá, terminou a 44 segundos no GP das Américas, a 41 no GP de Espanha e a 36 no GP de França.
Com este resultado, o piloto português desceu ao 19.º lugar do Mundial, com oito pontos.
Marc Márquez, com o segundo lugar de hoje, manteve o comando, com 115 pontos, mais 12 do que o italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que foi terceiro na corrida de hoje.
Em Moto2, a vitória foi para o espanhol Alex Márquez (Kalex), que subiu ao segundo lugar da categoria, com 86 pontos, menos dois do que o transalpino Lorenzo Baldassari (Kalex), que hoje foi quarto.
Em Moto3, o italiano Tony Arbolino (Honda) foi o mais rápido, ele que é sexto num campeonato liderado pelo espanhol Aaron Canet (KTM).
A próxima ronda do Mundial de motociclismo de velocidade disputa-se em Barcelona, em 16 de junho.