O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, sublinhou hoje a importância do desporto universitário para o governo português e mostrou-se empenhado em aumentar a percentagem de atletas profissionais com formação superior.
"O desporto universitário é muito importante, pois representa o que temos vindo a apostar desde a primeira hora, que é a conciliação da carreira desportiva com a académica. É um trabalho que já vem de trás, que permitiu que, nos últimos Jogos Olímpicos, 70% da nossa missão fossem atletas com formação superior. É um quadro que queremos ver cada vez mais reforçado", disse.
Na cerimónia de apresentação da missão portuguesa para as Universíadas de Verão, que se realizam entre 03 e 14 de julho, em Nápoles, Itália, João Paulo Rebelo elogiou o "sacrifício" dos estudantes/atletas em conciliar os estudos com o desporto de alto rendimento e manifestou orgulho na missão portuguesa e no desporto universitário.
"Estudar é absolutamente necessário e, para quem pratica desporto de alto rendimento, têm de ser dadas condições especiais, porque o sacrifício feito em conciliar exigentes carreiras académicas com igualmente muito exigentes carreiras desportivas é extraordinário. Temos um enorme orgulho nesta missão nacional e no desporto universitário", sublinhou.
O secretário de Estado da Juventude e do Desporto realçou ainda a importância de um número significativo de atletas do sexo feminino na comitiva e vincou o objetivo governamental de ter "cada vez mais e melhor desporto".
"Realço a importância de, numa missão com 72 atletas, 33 serem do sexo feminino. Há um equilíbrio de género que saúdo. É um dos objetivos ter cada vez mais e melhor desporto, e não há mais e melhor desporto se não houver efetivamente desporto para todos e todas", constatou.
A chefe da missão portuguesa, Susana Feitor, afirmou que as ambições estão "elevadas" e elogiou também os atletas, que chegaram a este nível "por mérito próprio, desportivo e académico".
"Nenhum atleta compete num evento desta envergadura sem cumprir objetivos desportivos e sem as suas validações académicas. Só os mais capazes estão presentes. Temo-nos preparado para dar o nosso melhor e as ambições são elevadas. Ninguém vai pedir um resultado específico, mas apenas que deem o seu melhor na hora de entrar em ação", afirmou.
Susana Feitor, que participou em cinco Jogos Olímpicos e conquistou uma medalha de prata nos 10km marcha nas Universíadas de 2001, em Pequim, China, manifestou o orgulho em voltar a ser chefe de missão, depois de o ter sido na última prova, em 2017, em Taipé, Taiwan, e espera estar "à altura dos desafios".
"Sinto um enorme orgulho em liderar a delegação e representar todos os que a integram. Desejo que regressemos a Portugal com o sentido de dever cumprido, e termos representado o nosso país com dignidade e afinco. Espero corresponder e estar à altura dos desafios", expressou.
A 30.ª edição da Universíada de Verão decorre entre 03 e 14 de julho, em Nápoles, Itália, e contará com a presença de 72 atletas portugueses, de 10 modalidades - atletismo, basquetebol, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judo, natação, taekwondo, ténis e voleibol.
Na Universíada de Taipé, em 2017, Portugal conquistou duas medalhas de ouro (Diogo Ferreia, no salto com vara, e Francisco Belo, no lançamento do peso), uma medalha de prata (Rui Bragança, no taekwondo) e duas medalhas de bronze (Marta Onofre, no salto com vara, e Nuno Borges, no ténis).