O treinador português Carlos Queiroz afirmou terça-feira que o embate com o Qatar, da segunda jornada do Grupo B da Copa América em futebol, é um “match point” que a Colômbia quer aproveitar para atingir os ‘quartos’.
“É um jogo de campeonato e, como no ténis, é um ‘match point’”, disse Queiroz, no Morumbi, em São Paulo, na conferência de imprensa de antevisão do jogo de quarta-feira, face aos recentes vencedores da Taça da Ásia.
Depois do 2-0 à Argentina, o técnico luso deixou muitos elogios ao próximo adversário, que se estreou com um 2-2 face ao Paraguai, falando de um progresso “notório e fantástico” e de uma seleção com “jogadores que estão juntos há muitos anos”.
“Estamos alerta e preparados para jogar com o Qatar. Temos de controlar bem o jogo, mantendo a nossa identidade, e não podemos fazer muitas alterações, mas também temos de tomar decisões para ganhar e, se for preciso mudar algo, o que quero é mudar para ficarmos melhores”, explicou.
Queiroz sabe que o Qatar não tem o nome da Argentina e, por isso, pede “muita humildade e concentração” aos seus jogadores e também que não se deixem contagiar pela euforia dos adeptos, depois do triunfo face ao conjunto de Lionel Messi.
“O trabalho dos jogadores é rigor, sofrimento, concentração e qualidade”, frisou, acrescentando: “Jogar futebol é muito difícil, na playstation é muito mais fácil”.
Depois de vários anos a comandar o Irão, Queiroz está identificado com o futebol asiático e lembrou que este “evoluiu muito dentro do campo e menos fora”.
Quanto ao ‘onze’, e face à lesão de Muriel, que teve de abandonar a competição, Queiroz disse que há várias opções, como Roger Martínez, autor do primeiro golo face à Argentina, Duvan Zapara ou Luís Díaz.
“O que não mata, engorda, e o que engorda torna-nos mais fortes. Confio que esta perda nos fará mais fortes, mais unidos e mais determinados”, avançou o técnico luso, reconhecendo, porém, que se trata de uma “grande perda”.
Para conseguir ir longe, Queiroz conta também com o criativo ex-portista James Rodríguez, “um jogador muito importante, que teve uma época desafortunada, mas que tem recuperado gradualmente”.