Os árbitros e os clubes estão impossibilitados de recorrer das notas de avaliação, mas podem questionar o conteúdo do relatório das observações, disse hoje Antonino Silva, representante da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LFPF).
No final da primeira parte da Assembleia Geral (AG) da LPFP, Antonino Silva referiu que apenas os regulamentos de arbitragem e competições foram analisados e votados, sendo que o mais importante – a disciplina – apenas merecerá análise no “segundo acto” da reunião magna, agendado para quarta-feira, a partir das 15:30.
“Esta medida responsabiliza mais os árbitros, mas também assegura mais serenidade. Estamos satisfeitos com mais este voto de confiança dado à CA pelos clubes”, disse Antonino Silva.
Na sede da LPFP, no Porto, marcaram presença a maioria dos clubes, com excepção do Nacional da Madeira, Estoril-Praia, União de Leiria e Penafiel.
A segunda parte da AG da Liga realiza-se quarta-feira, data que permite a entrada em vigor das alterações aos regulamentos já na época 2008/09.
A exclusão das competições, descida de divisão e perda de pontos são algumas medidas punitivas que a LPFP quer implementar nas próximas épocas e que estarão em aprovação na continuação da AG, quarta-feira, no Porto.
Na sequência dos processos Apito Dourado e Apito Final e também depois do futebol português ter-se tornado mais mediático pelos piores motivos – casos de corrupção consumados ou tentados -, a LPFP decidiu atacar forte os prevaricadores, apostando em penas pesadas e inimagináveis há alguns anos.
Desta forma, a Comissão Disciplinar (CD) liderada por Ricardo Costa vai propor aos clubes um conjunto vasto de alterações aos regulamentos, com destaque, claro, para a exclusão das competições profissionais para os emblemas que consigam corromper a equipa de arbitragem através de presentes ou qualquer outra recompensa material ou financeira.