O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional manifestou-se hoje preocupado com o atraso na homologação dos campeonatos profissionais da época 2007/08, confiando que o processo esteja resolvido até ao início da nova época.
''Infelizmente estão a registar-se alguns atrasos e não posso deixar de manifestar a minha profunda preocupação com isso, mas espero que tudo se resolva em tempo do início dos próximos campeonatos (primeira jornada da Liga e Liga de Honra a 24 de Agosto), disse Hermínio Loureiro.
A Direcção da Federação Portuguesa de Futebol adiou a homologação dos campeonatos nacionais, por se encontrarem pendentes vários processos nos órgãos jurisdicionais desportivos, pedindo celeridade ao Conselho de Justiça.
Em causa estão os castigos aplicados pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes ao Boavista, punido com descida de divisão, e ao FC Porto, ao qual foram subtraídos seis pontos, devido ao envolvimento no processo Apito Final.
Os ''axadrezados'' foram acusados de coacção a três árbitros na época 2003/04, enquanto os ''dragões'' foram punidos devido a tentativa de corrupção em dois encontros da mesma temporada. Pendentes estão igualmente os casos do Gondomar e Vizela, clubes da Liga de Honra e que estão envolvidos no processo de corrupção no futebol Apito Dourado.
Para Hermínio Loureiro há que ''aguardar'' que os processos objecto de recurso sejam decididos, esperando que tal aconteça ''em tempo útil''.
Em relação à Assembleia Geral (AG) da Liga, que prossegue hoje no Porto, Hermínio Loureiro frisou que não sairá derrotado caso não sejam aceites as suas propostas de alteração aos regulamentos, nomeadamente o disciplinar, no sentido de endurecer as sanções para actos de corrupção, coacção e tráfico de influência.
''Não se trata de nenhuma questão pessoal (caso as alterações não sejam aceites na AG). O que entendemos é propor o que achamos melhor para as nossas competições. Sabemos que após discussão a AG tem toda a legitimidade para decidir o que é melhor'', explicou.
Hermínio Loureiro sublinhou ainda que ''todas as alterações propostas'' quer em termos de regulamento de competições, de arbitragem e de disciplina, são ''importantes para credibilizar a competição profissional em Portugal'', pelo que ''há que encarar com naturalidade'' o que for decidido na reunião.