O professor catedrático Diogo Freitas do Amaral aceitou a proposta feita pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para liderar o processo de averiguação sobre o que ocorreu na reunião de 04 de Julho do Conselho de Justiça (CJ) daquele organismo.
Numa declaração à Agência Lusa, Freitas do Amaral disse ter aceite o convite endereçado por Gilberto Madaíl na terça-feira e que, além de liderar o processo, vai ainda proferir um parecer jurídico sobre a regularidade ou irregularidade formal do que se passou.
''Ficou assente que não me pronunciarei sobre a questão de fundo que estava em causa, isto é, conceder ou recusar provimento ao recurso interposto do órgão jurisdicional da Liga para o referido Conselho de Justiça'', disse Freitas do Amaral.
O antigo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros adiantou que a FPF pediu urgência na elaboração do seu parecer, devendo entregá-lo dentro de cerca de 15 dias.
Freitas do Amaral, que foi também presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, adiantou que começará já hoje a estudar a documentação que lhe será enviada pelos serviços jurídicos da FPF.
Este especialista em Direito Administrativo pretende ouvir, em separado e em meados da próxima semana, os membros do CJ, caso estes aceitem em encontrar-se consigo, bem como os três funcionários da FPF que apoiaram o funcionamento da reunião.
Para o ajudar na tarefa, Freitas do Amaral escolheu como assessor jurídico o professor Pedro Machete, docente da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.
Freitas do Amaral informou ainda que até à entrega do parecer não prestará quaisquer declarações à Comunicação Social.
''Até à entrega do meu parecer sobre este assunto, não farei mais declarações à Comunicação Social, que espero compreenda o dever de reserva que me imponho a mim próprio'', disse Freitas do Amaral.
Fonte da FPF confirmou à Agência Lusa o convite feito a Freitas do Amaral, tendo salientado que o currículo do antigo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros fala por si próprio.
Esta fonte federativa sublinhou o facto de Freitas do Amaral ter sido convidado no dia a seguir à deliberação da Direcção da FPF em levantar um processo de averiguação e sublinhou que a escolha deste professor catedrático é uma prova de não ter havido interferência de qualquer entidade externa.