Um plantel demasiado curto e as dúvidas resultantes do processo ''Apito Final'' destacaram-se hoje no início dos exames médicos do Boavista, crente na participação na principal Liga portuguesa de futebol.
O Boavista interpôs recentemente uma providência cautelar junto do Tribunal Fiscal e Administrativo do Porto, de forma a suspender a eficácia da deliberação do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de despromover o clube para a Liga de Honra, por coacção a árbitros.
Fonte do clube explicou à Agência Lusa que a ausência de certezas quanto ao futuro do clube tem reduzido a margem de manobra negocial junto de possíveis contratações, mas que a breve prazo tudo ficará resolvido.
Apesar de tudo, os 16 jogadores que compõem, para já, o plantel do Boavista, iniciaram exames médicos esta manhã e devem começar a treinar na quarta-feira.
A crise financeira deve obrigar os ''axadrezados'' a ficarem sempre no Bessa, não cumprindo assim um estágio no exterior, embora essa possibilidade não esteja ainda afastada.
Os salários em atraso da temporada passada permitiram a saída de muitos jogadores e o técnico Jaime Pacheco, que esta época sem mantém no clube, apesar da tormenta, tentará o milagre de fazer uma equipa, com pouco dinheiro e muito rapidamente.
Dos 16 jogadores que abandonaram o Bessa, os destaques vão para o guarda-redes Peter Jehle, os defesas Moisés, Jorge Ribeiro, Marcelão ou Ângulo, os méduios Zé Kalanga ou Diakité e os avançados Fary, Mateus ou Laionel.
Desta forma, Pacheco vai ser obrigado a trabalhar com vários jogadores juniores e ainda com outros elementos jovens que, apesar de conhecerem já a equipa foram pouco utilizados o ano passado.
E não têm experiência. Tanto na Liga principal… como na Honra.
Nos próximos dias e como afirmou a mesma fonte à Lusa, são esperados alguns nomes novos, mas tudo vai depender da manutenção ou não do clube na principal competição portuguesa de futebol.