O FC Porto dissipou hoje eventuais dúvidas sobre a capacidade para atacar o título nacional e superiorizou-se ao Benfica em pleno Estádio da Luz, vencendo por 2-0, no clássico da terceira jornada da I Liga.
Se a festa que antecedeu o apito inicial teve direito a fogo de artifício, foguetes e outros ‘folclores’ pirotécnicos em pleno relvado, acabou por ser o FC Porto a apanhar as ‘canas’, graças aos golos de Zé Luís e Marega, aos 22 e 86 minutos, respetivamente.
Ao 22.º jogo à frente do conjunto da Luz e depois de 11 vitórias seguidas, Bruno Lage averbou a primeira derrota para o campeonato, além de também ter visto a sua equipa ficar em ‘branco’ pela primeira vez desde janeiro, quando se estreou no banco, frente ao Rio Ave.
Em jogos da I Liga, o FC Porto provou, mais uma vez, a superioridade nas visitas à Luz no novo século, tendo somado a oitava vitória no reduto do rival, que tem apenas cinco nos últimos 20 clássicos em casa.
Os dois rivais repetiram os ‘onzes’ apresentados na última jornada, mas, se no caso dos ‘encarnados’ a previsão era mesmo essa, os portistas recorreram ao mesmo ‘figurino’ pela primeira vez esta temporada, inclusive com Corona no lado direito da defesa, tal como tinha sucedido na goleada imposta ao Vitória de Setúbal (4-0).
Foi precisamente pelo lado direito que começaram a nascer os primeiros lances de perigo dos portistas, com Romário Baró, Marega e Zé Luís a caírem muitas vezes naquela zona, criando superioridade sobre Grimaldo e Rafa.
De resto, o lateral espanhol (a par de Pizzi) foi, provavelmente, o elemento mais desacertado dos ‘encarnados’, numa equipa que, além de não encontrar soluções para conservar a bola, teve uma percentagem altíssima de erros técnicos, entregando a bola ao FC Porto, que, por seu lado, sabia bem o que fazer quando a tinha em sua posse.
Sem o centro de qualquer jogo de futebol (a bola), com Samaris e Florentino presos à ‘teia’ montada por Sérgio Conceição, e com Pizzi completamente ‘desligado’ do jogo, o Benfica insistiu nas solicitações para Rafa, sempre pelo ar, ainda mais quando Seferovic e De Tomás se mantinham na mesma linha, sem que qualquer um deles se mostrasse como solução para os companheiros.
Já as transições do FC Porto eram quase sempre certeiras, pelo menos chegando perto da baliza de Vlachodimos, como sucedeu num remate de Zé Luís, que o guardião grego teve de desfazer para fora.
Contudo, na sequência do canto, os ‘dragões’ chegaram ao golo: Alex Telles cruzou, Ferro e Rúben Dias desentenderam-se e a bola sobrou para o avançado cabo-verdiano, que, à segunda tentativa, não facilitou.
Os erros em catadupa das ‘águias’ deixavam o FC Porto extremamente confortável no jogo, bastando-lhe fechar o centro do terreno, bascular para o lado da bola e esperar pelo – inevitável – erro técnico de um jogador benfiquista.
O pequeno ‘esboço’ de uma oportunidade do Benfica apenas apareceu na fase final da primeira parte, mas Marchesín nem sequer foi incomodado pelo cabeceamento de Seferovic.
Taarabt foi a solução encontrada por Bruno Lage para tentar ‘agitar’ o jogo ‘encarnado’ no segundo tempo, mas foi o FC Porto que ameaçou o segundo golo, apenas evitado pela intervenção de Vlachodimos a remate de Luis Diaz.
Esta situação foi um ‘oásis’ no ‘deserto’ que foi a segunda parte, tantas foram as paragens que iam fazendo ‘acelerar’ o relógio em benefício do FC Porto, que só não deu a ‘estocada’ final no adversário a 10 minutos do final, porque Marega, isolado à frente de Vlachodimos, nem acertou na baliza.
O maliano acabaria por se redimir do falhanço clamoroso e, numa jogada tirada a ‘papel químico’ da anterior, já não esbanjou tamanha facilidade, batendo o internacional grego e consumando a vitória ‘azul e branca’.
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