O presidente da FIFA, Joseph Blatter, alegou hoje que as suas palavras sobre o desejo de Cristiano Ronaldo em abandonar o Manchester United foram distorcidas pela imprensa, mas voltou a falar em escravatura no futebol moderno.
“Nunca disse que Ronaldo é um escravo”, garantiu Blatter, durante a visita que está a realizar ao Vietname, referindo-se às considerações que fez no início do mês passado sobre a vontade do internacional português em representar o Real Madrid.
O presidente da FIFA fez questão de salientar que quando falou em escravatura, em declarações à Sky News, referia-se aos jovens adolescentes que são aliciados pelos grandes clubes europeus.
Nessa polémica entrevista, Blatter defendeu que se devia respeitar a vontade de um jogador que quisesse representar outro clube, referindo-se às elevadas cláusulas de rescisão como uma espécie de “escravatura moderna”.
“Eu falei de escravatura dos jogadores mais jovens, com 13, 14 e 15 anos, que são aliciados pelos grandes clubes europeus. As minhas considerações sobre escravatura moderna referiam-se a esses casos. Mas a imprensa distorceu as minhas palavras”, lamentou Blatter.
Para esclarecer de vez o assunto, que motivou uma reacção enérgica, e muito crítica, do Manchester United, Sepp Blatter insistiu que “Ronaldo não é um escravo”.
Quanto à interminável “novela” sobre o futuro de Cristiano Ronaldo, Blatter insiste que Manchester United e Real Madrid têm de encontrar uma solução para o problema.
“São os dois clubes que têm de resolver o problema. Da nossa parte, não temos nada a dizer. A FIFA não vai intervir”, assegurou o presidente do organismo máximo do futebol mundial.