O Sindicato dos Jogadores defendeu e exigiu hoje “respeito” pelo futebolista Bruno Fernandes, na sequência dos acontecimentos que envolveram o sportinguista no Estádio do Bessa.
“O Sindicato dos Jogadores condena todas as ocorrências que constituem um ataque à profissão de futebolista. Condena ainda mais os ataques, injustos, ao caráter de uma pessoa”, refere o organismo, em comunicado.
No Bessa, o sistema de videovigilância captou imagens, divulgadas pela CMTV, em que se vê o médio a pontapear uma porta nas instalações do recinto portuense, depois de ter sido expulso ao minuto 90+1 no jogo da quinta jornada da I Liga, que o Sporting perdeu por 3-2 frente ao Boavista.
“O Sindicato dos Jogadores não podia deixar de estar ao lado de Bruno Fernandes (…). As imagens de um ato irrefletido foram amplamente divulgadas e escrutinadas por diferentes meios de comunicação, sobretudo porque não se aceitam julgamentos de caráter por quem não tem legitimidade desportiva e pessoal para o fazer”, reforça a entidade.
No sábado, tinha sido o Sporting a condenar a revelação “gratuita e abusiva” das imagens de “um momento de revolta e frustração” do seu ‘capitão’, recordando o clube que “o melhor jogador da Liga nos dois últimos anos (…) já reconheceu o erro”.
Na sequência da expulsão, Bruno Fernandes foi suspenso por um jogo e vai estar ausente esta noite na receção ao Famalicão, líder do campeonato no arranque da jornada, em jogo que vai encerrar a sexta ronda da prova.
O Sindicato dos Jogadores critica o “excesso de cobertura mediática sobre acontecimentos que em nada relevam para o futebol, ou para o desporto”, enaltecendo o “caráter” e o que Bruno Fernandes significa para o futebol português.
“Errar é próprio do ser humano, deveria ser a forma como se lida com os erros a ser valorizada”, sublinha.
O presidente do organismo, Joaquim Evangelista, recordou que Bruno Fernandes é uma “referência” no futebol luso e destacou a “urgência” de haver mais vozes a “defender o desporto”.