Belenenses perde (2-0) na apresentação com Espanyol de Barcelona

A formação do Belenenses, com cinco semanas de preparação, voltou a mostrar que o sector defensivo, maioritariamente constituído por reforços, ainda necessita de trabalho para corrigir o deficiente posicionamento das suas unidades.

Essa fragilidade já tinha sido revelada no jogo de pré-época com o Estrela da Amadora, com desfecho favorável para os amadorenses (3-0), e foi aproveitada pelo Espanyol para construir um desfecho pouco lisonjeiro para o Belenenses, que poderia ter sido outro não fosse Júlio César ter defendido uma grande penalidade, marcada aos 75 minutos por Tamudo.

O Belenenses até começou bem e construiu uma mão cheia de boas ocasiões junto da baliza contrária, mas foi a desatenção dos centrais Carciano e Rodrigo Arroz e do defesa China que permitiu a Rufete fazer o primeiro golo de um Espanyol demasiado dependente de Luís Garcia, o médio-ofensivo que o Benfica pretendia contratar.

Aos 52 minutos, Tamudo rematou forte, Júlio César protagonizou uma defesa incompleta e, com a defesa do Belenenses apática, Rufete surgiu só para empurrar a bola para a baliza do conjunto do brasileiro Casemiro Mior.

A reacção do Belenenses, com um onze muito próximo do que será a base, foi muito ténue e as duas únicas situações de perigo real, uma num remate de José Pedro e outra numa solicitação a que João Pedro Oliveira acorreu atrasado, acabaram por surgir a meio da segunda parte, depois de um período de jogo entediante.

Um minuto depois do árbitro Lucílio Baptista ter anulado um golo ao Belenenses por posição irregular de João Paulo Oliveira, o Espanyol voltou a marcar aos 81 minutos, numa situação em que Júlio César ficou a protestar com o árbitro e abdicou do lance.

A bola foi cruzada para a área do Belenenses e Júlio César não conseguiu interceptar, ficando a reclamar mão de Tamudo, que aproveitou a atrapalhação de Carciano e Rodrigo Arroz para rematar e fixar o resultado.