O argentino Aimar e o espanhol Reyes foram os mais sonantes reforços do futebol português, contratados pelo Benfica, o ''campeão das transferências'' de 2008/09, na expectativa de conquistar o título e evitar o desastre da época passada.
O clube lisboeta foi o que mais investiu em matéria de contratações, mas também o que deixou escapar mais jogadores influentes, casos dos médios Petit, para os alemães do Colónia, e Cristian Rodriguez, ''desviado'' pelo tricampeão FC Porto.
O Benfica gastou perto de 25 milhões de euros no reforço da equipa, na tentativa de evitar repetir o péssimo desempenho da temporada passada (quarto lugar e afastamento da Liga dos Campeões), destacando-se a aquisição do médio Pablo Aimar aos espanhóis do Saragoça, por 6,5 milhões.
Apenas a contratação do avançado José Antonio Reyes provocou tanto entusiasmo junto dos adeptos ''encarnados'' como a de Aimar, herdeiro da camisola número 10 de Rui Costa, que trocou os relvados pelo cargo de director desportivo.
Apesar de ter sido mais ''barato'' que o equatoriano Balboa (ex-Real Madrid), o brasileiro Sidnei (ex-Internacional de Porto Alegre) e Carlos Martins (ex-Huelva), o Benfica só adquiriu 25 por cento do passe de Reyes ao Atlético de Madrid, mas, em compensação, o internacional português Jorge Ribeiro (ex-Boavista) chegou a custo zero.
As saídas de Petit e Nuno Assis, este de regresso ao Vitória de Guimarães - que, no entanto, perdeu Geromel (Colónia) e Ghilas (Celta de Vigo) -, não renderam um euro aos ''encarnados'', mas o Benfica lamenta acima de tudo a ''deserção'' de Cristian Rodriguez para o rival FC Porto.
O avançado uruguaio foi a contratação mais cara do campeão nacional - que gastou quase tanto como os lisboetas nos ''negócios'' da pré-época -, no valor de sete milhões de euros, mas os jogos de preparação já provaram o acerto da escolha dos ''azuis e brancos''.
Ao contrário do habitual, o FC Porto foi um dos mais activos no mercado de transferências, destacando-se ainda as contratações do brasileiro Hulk (ex-Tóquio Verdy), do romeno Sapunaru (ex-Rapid de Bucareste) e dos argentinos Nelson Benitez (ex-Lanús) e Tomas Costa (ex-Rosario), para um gasto total a rondar os 21 milhões.
Por outro lado, o tricampeão perdeu Bosingwa para o Chelsea, Cech para o West Bromwich e Hélder Postiga para o Sporting, encaixando quase 25 milhões de euros, dos quais 20,5 com a venda do lateral aos “Blues”, tendo sido impotente para evitar a saída litigiosa do brasileiro Paulo Assunção para o Atlético de Madrid.
A ''novela'' da mudança do influente Quaresma para o Inter de Milão, tricampeão italiano, treinado por José Mourinho, alimentou a fase de preparação portista, mas, para já, o avançado apenas ganhou com isso a troca da titularidade por um lugar no banco de suplentes dos ''dragões''.
Apesar de ter terminado a época passada a 14 pontos do FC Porto (já descontados os seis pontos retirados aos portuenses na sequência do processo Apito Final), o Sporting gastou menos de metade do que o tricampeão - perto de 10 milhões de euros - e ficou a zeros com a venda de jogadores.
Os regressos a Alvalade do brasileiro Rochemback, proveniente dos ingleses do Middlesbrough, e do internacional português Caneira (ex-Valência), constituem os principais reforços do Sporting, que emprestaram o montenegrino Purovic ao Kayserispor, da Turquia.
Destacaram-se ainda as transferências de dois antigos ''botas de ouro'' do campeonato nacional: o camaronês Meyong - que custou seis pontos ao Belenenses por utilização irregular -, para o Sporting de Braga, e o senegalês Fary, do Boavista para o Beira-Mar.