O Benfica manteve hoje o registo avassalador com equipas francesas nas taças europeias na Luz, onde nunca perdeu e só cedeu quatro igualdades, tendo somado a 11.ª vitória, por 2-1, face ao Lyon.
Rafa, aos quatro minutos, e Pizzi, aos 86, apontaram os tentos dos ‘encarnados’, que somaram a 200.ª vitória na Europa, enquanto o holandês Memphis Depay apontou o tento dos gauleses, aos 70.
Há quase uma década, em 02 de novembro de 2010, os ‘encarnados’ já tinham batido o Lyon, na quarta jornada da fase de grupos da ‘champions’, por 4-3, num embate em que chegaram a ameaçar uma goleada das ‘antigas’, quando chegaram a 4-0.
O brasileiro Alan Kardec, aos 20 minutos, o lateral esquerdo Fábio Coentrão, aos 32, e o espanhol Javi Garcia, aos 42, colocaram o resultado em 3-0 ao intervalo e, já aos 67, o internacional luso ‘bisou’ para a equipa de Jorge Jesus.
O Benfica estava lançado para um resultado memorável, mas, na parte final os gauleses, mesmo sem reentrarem na discussão do jogo, conseguiram reduzir para a diferença mínima, com tentos de Gourcuff (75 minutos), Gomis (85) e Lovren (90+5).
O embate com o Lyon confirmou a clara supremacia histórica do Benfica na receção a conjuntos gauleses, sendo que só quatro se ‘escaparam’ sem perder, o Nantes (1978/79), o Bordéus (86/87), o Bastia (97/98) e o Marselha (2009/10).
Destas quatro formações, o Bordéus voltou, perdendo por 1-0 em 2012/13, enquanto o Marselha já tinha jogado na Luz, na antiga, naquele que é o mais inesquecível embate caseiro do Benfica com um conjunto gaulês.
Em 18 de abril de 1990, o conjunto ‘encarnado’, comandado pelo sueco Sven-Goran Eriksson, recebeu o ‘OM’ a precisar de vencer por apenas 1-0 para chegar à sua segunda final da Taça dos Campões em três anos, depois do desaire ‘feliz’ por 2-1 no Velódrome.
Os franceses tinham uma ‘super’ equipa, com Papin, Francescoli, Waddle, Tigana, Deschamps, Amoros ou o então ex-benfiquista Mozer, e estiveram em vantagem na eliminatória até aos 83 minutos, altura em que o Benfica marcou.
O angolano Vata Matanu Garcia, como muitas vezes fez de ‘águia ao peito’, saltou do banco, aos 52 minutos, para dar o triunfo aos ‘encarnados’, só que, desta vez, fê-lo com o braço, de forma irregular. O árbitro Marcel van Langhenover não viu e validou.
O Benfica perderia, depois, a final para aquela que era, indiscutivelmente, a melhor equipa da Europa, o AC Milan, de Van Basten, Gullit e Rijkaard, enquanto o Marselha chegaria à final no ano seguinte e ao título, o único francês, em 1992/93.
Naquela noite, na Luz, prevaleceu, porém, a ‘mão de Vata’, e o Benfica voltou a levar a melhor sobre um conjunto gaulês, sendo que, anteriormente, já haviam caído o Saint-Étienne (2-0 em 1967/68) e o Montpellier (3-1 em 1988/89).
Depois do Marselha, e além do Lyon e do Bordéus, perderam o Lille (1-0 em 2005/06), o Paris Saint-Germain, em três ocasiões (3-1 em 2006/07 e 2-1 em 2010/11 e 2013/14), e o Mónaco (1-0 em 2014/15), culpa do brasileiro Talisca.
Por seu lado, o Lyon disputou mais sete jogos em solo luso, somando uma maioria de derrotas (quatro), um empate, com o Sporting (1-1 em 1963/64), e duas vitórias (1-0 ao Farense em 1995/96 e 2-1 ao Vitória de Guimarães em 2013/14).