O Benfica voltou hoje a demonstrar fragilidades entre a elite europeia da Liga dos Campeões e acabou por vencer o Lyon (2-1) graças a um erro crasso de Anthony Lopes, na terceira jornada do Grupo G.
No Estádio da Luz, tudo fazia crer que os campeões nacionais teriam uma noite tranquila, com o golo de Rafa, logo aos quatro minutos, mas a exibição - mais uma vez sofrível - aliada ao empate de Memphis Depay, aos 70, voltou a reerguer ‘fantasmas’ recentes.
Estas apenas foram dissipados aos 86 minutos, quando o guarda-redes internacional português do Lyon entregou de ‘bandeja’ o triunfo a Pizzi, numa clamorosa falha de concentração a repor a bola com a mão.
Com esta vitória, o Benfica, que vinha de derrotas com Leipzig (2-1) e Zenit (3-1), passa a somar três pontos, menos um do que o Lyon, o qual irá visitar na próxima ronda, e os russos, que hoje perderam frente aos alemães, que têm seis e lideram o Grupo G.
Bruno Lage reservou três ‘surpresas’ no ‘onze’, desde logo com a exclusão de Pizzi – aposta do técnico em 11 dos 12 jogos oficiais dos ‘encarnados’ esta época – e as entradas de Gedson e Cervi, sendo que este último apenas tinha sido titular diante do Leipzig e chegou a esta partida com meros 92 minutos nas pernas.
O técnico benfiquista deixou na ‘gaveta’ o 4x4x2 que tem usado desde que assumiu o comando da equipa principal das ‘águias’ e optou pelo 4x3x3, lançando o extremo argentino e o regressado Rafa, recuperado de lesão, nas linhas.
Seria precisamente esta dupla a ‘desbloquear’ o marcador ainda antes dos cinco minutos, com Cervi a ‘abrir’ caminho para o golo do avançado luso, que não desperdiçou no frente a frente com Anthony Lopes.
Contudo, o extremo internacional português – e o sistema tático inicial - só durou 20 minutos em campo. Ressentiu-se de uma lesão na perna esquerda, que o afastou dos jogos da seleção portuguesa e da Taça de Portugal, e foi rendido por Pizzi.
Seferovic, desta vez sem a companhia de Raúl de Tomás na frente, procurou aumentar a vantagem benfiquista, mas acabou por ser o Lyon a ficar muito perto do empate, valendo um corte salvador de Grimaldo, quando Cornet já se preparava para bater Vlachodimos.
Se na primeira situação, o avançado suíço do Benfica dificilmente conseguiria fazer melhor, na segunda de que dispôs, denotou claro défice na finalização, concluindo da pior forma uma combinação entre os dois laterais ‘encarnados’, Grimaldo e Tomás Tavares.
Perante um adversário que não lhe criou problemas de maior, também o Benfica errou em demasia na gestão da bola e na forma como tentava entrar no último terço, chegando mesmo a parecer um duelo para eleger quem cometia mais erros quando em posse da bola.
Oportunidades de golo eram coisa rara na Luz, sendo que a melhor pertenceu aos gauleses, num lance um tanto ou quanto fortuito, mas que apenas não deu em golo porque a barra negou o empate, depois de o cruzamento de Cornet sair ‘prensado’ em Ferro.
Este foi o ‘aviso’ do que iria suceder pouco depois, em mais um cruzamento pela direita, que foi ter com Depay ao segundo poste, deixando o internacional holandês livre para empatar.
Sem ideias, agressividade e, em alguns momentos, com uma aparente leviandade a encarar um jogo da mais importante competição europeia de clubes, as ‘águias’ começaram a levar os adeptos ao desespero, tantas eram as más decisões, enquanto o Lyon manifestava-se mais confiante e atrevido, obrigando Vlachodimos a ‘sacudir’ o remate de Depay.
Mesmo aos ‘repelões’, Pizzi acertou no poste da baliza de Anthony Lopes, segundos antes de o guardião internacional luso decidir o jogo, mas a favor do Benfica e com um erro clamoroso: ao repor a bola com a mão, deixou-a à mercê do médio benfiquista, que rematou de primeira para a baliza vazia.
Os ‘encarnados’ agarraram-se, então, com ‘unhas e dentes’ a nova vantagem até ao apito final, que não só soou a ‘melodia’ para os ouvidos benfiquistas, como ajudou a libertar a tensão evidente que se viveu nas bancadas. Foi a 200.ª na Europa.
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