A Juventude Leonina reagiu hoje, em comunicado, as declações do presidente do Sporting Frederico Varandas, acusando o dirigente de «mentir descaradamente».
O presidente do Sporting lançou na sexta-feira fortes críticas ao que chamou "minoria ruidosa" de apoiantes do clube, que "desrespeita a legitimidade da vontade da maioria dos sócios", prometendo permanecer em funções até ao fim do mandato, em declarações proferidas em Leiria, aquando da entrega dos troféus ‘Rugidos do Leão’.
"Fomos os primeiros a acabar com uma guarda pretoriana paga para fazer o trabalho sujo de uma direção", disse na altura, lamentando a existência no Sporting de uma "minoria ruidosa, que não aceita viver com as regras da democracia".
Em resposta, aquela claque refere-se a "mentiras" do presidente, começando por uma pretensa reunião que diz não ter tido com a direção sportinguista, tendo admitido apenas por carta essa possibilidade e acusado o presidente da direção de "mentir descaradamente".
"A Juventude Leonina não é subserviente de nenhum presidente, deve apenas lealdade a um clube que ama e que de uma forma organizada apoia desde 1976, ou seja, antes sequer do nascimento deste sr. presidente e, decerto, muito antes de qualquer protocolo", refere no comunicado, salientando ainda que o seu apoio "não está dependente de algum acordo com alguma direção", mas sim "por livre iniciativa própria".
Esta claque 'leonina' reitera que o protocolo assinado com a direção liderada por Varandas "supera em muito o que o anterior protocolo estabelecia, seja a nível de apoios para viagens, apoios às coreografias e suportes logísticos", acrescentando: "Pelo que se desafia a direção a publicar os termos dos protocolos, para que as pessoas percebam realmente até que ponto se propõem mentir."
A 'Juve Leo' volta a sublinhar que os protestos "nada têm a ver com qualquer protocolo, caso contrário, os cânticos contra a presidência não teriam sucedido antes sequer do comunicado absurdo que anunciou o fim do mesmo, ainda que, sem qualquer valor jurídico".
Sobre o processo de Alcochete, invocado nas declarações de Varandas, a claque "releva o insensato de toda a argumentaria", referindo que "foi esta mesma direção que decidiu propor os melhores termos até hoje verificados de qualquer protocolo entre as claques e o Sporting, muito após o evento de Alcochete".
"Deveria haver alguma honestidade intelectual nas afirmações de um presidente que representa o Sporting. Não existindo, diga-se em abono do rigor, que foi esse processo de Alcochete que levou este sr. a candidatar-se à presidência e, neste associo, quem filmou aqueles atos hediondos? Quem publicitou os vídeos que correram o mundo? Quem se aproveitou para lançar mão da proximidade com os jogadores e até sugeriu para os jogadores agirem como agiram? E afinal, quem no fim foi o prejudicado? O Sporting, que viu contratos resolvidos e, no mandato deste sr. presidente, se desistiu de prosseguir os processos em curso contra esses mesmos atletas, que são antes convidados de honra de tribunas, cada vez mais populosas", acrescenta a nota.
A Juventude Leonina questiona ainda a direção 'verde e branca' pela "dívida de meio milhão contraída pela direção de Godinho Lopes aquando do 'incêndio' do Estádio da Luz, onde não ficou provada a atuação das claques e cujo ex-presidente imputou aos GOA (Grupos Organizados de Adeptos)".