Declarações de Jorge Silas, treinador do Sporting, após o jogo frente ao Belenenses SAD, da 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Lisboa e que terminou com a vitória dos 'leões', por 2-0.
"Foi preciso mudar o sistema porque não estávamos a interpretar bem o que tínhamos de fazer. A partir do momento em que tivemos capacidade de pressão o jogo tornou-se mais fácil. A nossa primeira parte foi bastante má e bastante boa por parte do Belenenses SAD. Na segunda parte conseguimos marcar. Podíamos ter conseguido resolver o jogo ainda mais cedo. Parabéns ao Belenenses pela primeira parte que fez.
Conheço muito bem os jogadores do Belenenses SAD. Jamais os subestimaria. O futebol ensinou-me que quando entrámos demasiado confiantes acaba-se por pagar caro. A maior parte destes jogadores do Belenenses SAD fui eu que os fui buscar em conjunto com o presidente.
Falta-nos ser mais solidários com bola, criar mais linhas de passe. Desde que estamos aqui, com nove jogos e sete vitórias, estamos ainda muito receosos. As vitórias têm de nos dar confiança. Durante o jogo percebemos onde devemos mexer para ganhar vantagem. Foi o que fizemos.
A estratégia não estava errada. O que estava errado eram os movimentos. Os centrais deveriam receber a bola mais à frente e não estavam a aproveitar o espaço que havia. Esta estratégia funciona. Acabámos por abdicar de um defesa central. Temos tido a capacidade de mudar e dar a volta às coisas.
Esta paragem é benéfica para nós. Tudo o que seja poder treinar, para nós é benéfico.
Quando penso num jogador não penso se ele foi caro ou barato. Não posso estar a pensar no dinheiro. Wendel vai jogar quando tiver de jogar. Vai jogar muito, mas é quando eu entender. Sei que quando jogar ele vai corresponder. Há ‘timings' para tudo.
A nível anímico encontrámos o grupo mais abalado. Agora vejo-os mais soltos, mais brincalhões e mais solidários. Mesmo não estando a jogar no nível que eu quero somos competitivos. Isso é importante para mim.
É importante sermos corajosos. Vamos ter mais tempo para trabalhar, mas vamos ter internacionais que não vão trabalhar connosco".