O FC Porto perdeu hoje na receção aos alemães do THW Kiel, por 30-29, em encontro da oitava jornada do Grupo B da Liga dos Campeões de andebol, sentenciado com um golo nos instantes finais.
Num Dragão Arena repleto, os campeões nacionais foram para o intervalo a vencer por 16-14 e comandaram o marcador até ao último minuto, altura em que a formação germânica passou para a frente com um golo tardio do lateral-direito norueguês Harald Reinkind, vingando a derrota caseira (28-27) consentida diante dos ‘azuis e brancos' três dias antes.
No plano individual, o pivô cubano Víctor Iturriza, com seis golos, foi o elemento mais concretizador dos ‘dragões', enquanto as ações ofensivas do ponta-esquerda dinamarquês Magnus Landin, com oito tentos, sobressaíram do lado do emblema três vezes vencedor da ‘Champions', em 2007, 2010 e 2012.
O Kiel consolidou a liderança do grupo, com 13 pontos, mais cinco do que o FC Porto, que ocupa a sexta e última posição de apuramento para os oitavos de final e visita os franceses do Montpellier na próxima ronda, em 23 de novembro.
Após 15 minutos iniciais repartidos, em que o vice-campeão alemão foi acompanhando a marcha do marcador, mas sem nunca assumir o controlo das operações, os pupilos de Magnus Andersson aproveitaram a exclusão momentânea de dois adversários para cimentar uma vantagem parcial que chegou a cifrar-se em três golos de diferença.
Numa primeira metade a roçar a perfeição entre a acutilância atacante e os reflexos do guarda-redes Alfredo Quintana, a postura destemida dos anfitriões perante o poderio físico do Kiel traduziu-se numa superioridade de dois tentos antes do intervalo (16-14).
Enquanto os protagonistas recuperavam forças nos balneários, os adeptos prestavam tributo na quadra a Hugo Laurentino, antigo guarda-redes que encerrou a carreira no início desta época com 35 anos, 19 dos quais vividos ao serviço dos ‘azuis e brancos'.
A reentrada enérgica permitiu ao FC Porto dilatar a diferença até à mão cheia (19-14) no início da etapa complementar, mas os detentores da Taça EHF souberam minimizar prejuízos em contra-ataque e voltaram a igualar o desafio aos 48 minutos (24-24).
Contando com um pavilhão incansável no apoio à equipa, os ‘dragões' conseguiram arrastar a vantagem tangencial até aos derradeiros segundos, mas acabaram por sucumbir no último lance do encontro, tal como a formação portuguesa tinha triunfado em solo alemão.