O treinador Rui Almeida, em França desde 2015 e que deixou o Caen devido à falta de resultados, disse hoje que está a «avaliar propostas» e admite o regresso ao futebol português «com um projeto interessante».
“Fui-me mantendo [em França], porque tive sucessivos convites. Tem a ver com o mercado de trabalho. Neste momento, estou a estudar oportunidades e Portugal é um país em aberto e interessante”, disse à agência Lusa o treinador português.
Antes de chegar ao futebol gaulês, foi adjunto de Jesualdo Ferreira no Sporting (2012/13), Sporting de Braga (2013/14), Panathinaikos, Grécia (2012/13) e Zamalek, Egito (2014/15). Em 2010/12, esteve ao serviço da seleção de sub-23 da Síria.
Rui Almeida, de 50 anos, abraçou vários projetos no escalão secundário do futebol francês, nomeadamente Red Star 93 (2015/16 e parte de 2016/17), Bastia (2016/17), Troyes (2018/19) e Caen (2019/20 até à 10.ª jornada, em 04 de outubro).
Na última época (2018/19), com o Troyes, Rui Almeida falhou o acesso à I Liga francesa no ‘play-off’ de subida, após terminar em 3.º a II Liga, e em 2015/16, com o Red Star 93, ficou a um ponto dos lugares de acesso direto ao primeiro escalão.
“Os clubes que representei em França sempre disseram que quando fechei as épocas alcancei resultados dentro ou muito acima do que esperavam”, referiu Rui Almeida, que atribui o recente despedimento do Caen à “falta de recurso e de tempo”.
O insucesso no Caen é entendido por Rui Almeida por diferentes razões, como o facto de “alguns jogadores pretendidos terem chegado tarde e outros nem terem chegado”.
“Mas, acima de tudo, foi por falta de tempo. Porque, verdadeiramente, não tive tempo de concluir a época e de chegar aos resultados que o clube ambicionava”, explicou Rui Almeida, que ao fim de 10 jornadas deixou o Caen no 17.º lugar, com sete pontos.
Neste momento, até pelo currículo já construído, o treinador português tem recusado alguns convites que têm surgido e pretende um projeto que o desafie do ponto de vista profissional.
“Quero um projeto que procure alguém com experiência internacional e de clubes grandes, como a que adquiri ao serviço do Sporting e de Sporting de Braga [enquanto adjunto de Jesualdo Ferreira] e considero que a bola está do lado dos clubes”, referiu.
O treinador manifesta-se “recetivo a diferentes projetos”, mas recorda que estava numa liga muito competitiva, como a francesa, pelo que deseja manter o mesmo nível e atitude competitiva das equipas que orientou até agora.
“Tive convites, embora não aqueles que neste momento acho que sejam adequados para dar continuidade à minha carreira, e gosto muito de estar em França, embora esteja aberto a qualquer proposta, incluindo vinda de Portugal”, disse.
Rui Almeida, que não exclui a hipótese de regressar a Portugal para treinar um clube do mesmo nível dos que treinou enquanto adjunto, adiantou que está a “estudar propostas” e dentro das próximas semanas espera regressar ao ativo.